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Apresentadores de programas policialescos usam a TV para ganhar votos, diz pesquisa

Ao menos 23 apresentadores ou repórteres de programas policialescos usam seu espaço na televisão como trampolim político para as eleições deste ano, aponta pesquisa do Intervozes. Eles são candidatos a deputados estaduais, federais e também ao Senado.
Sputnik

O levantamento foi realizado em 10 estados (PA, CE, PB, PE, BA, MG, RJ, ES, SP e PR) e no Distrito Federal. Os estados com mais candidatos são: Minas Gerais (5), Ceará (5), Pará (4) e Paraná (4). A íntegra da pesquisa pode ser acessada no link.

Segundo o Intervozes, estes programas mesclam "populismo político, conteúdos sensacionalistas" e "violações dos direitos humanos".

O levantamento destaca alguns casos, como o de JR Avelar, que trabalha no programa Balanço Geral, na afiliada da TV Record no Pará. Ele refere-se a si mesmo como "Mensageiro da Morte" e irá disputar ao cargo de deputado estadual pelo PHS.

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Outro caso de destaque é Wagner Montes. O apresentador do Balanço Geral no Rio de Janeiro está em seu terceiro mandato como deputado estadual e agora quer ser deputado federal. Ele nunca se licenciou do cargo de apresentador para exercer seu cargo na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

O apresentador do Brasil Urgente, José Luiz Datena, também é um ator político. Ele ensaiou entrar na política partidária por duas vezes, para ser candidato ao cargo de prefeito de São Paulo, em 2016, e também chegou perto de ser candidato a senador, também em São Paulo, nas eleições deste ano.

Apesar de ter recuado de sua própria candidatura, Datena aparece no horário eleitoral para pedir votos para o candidato ao senado César Maia, no Rio de Janeiro.

A legislação brasileira não impede que políticos com mandatos em vigência apresentem programas de rádio e TV.

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