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#EleNão: mulheres realizam protesto contra Bolsonaro em todo o Brasil (FOTOS, VÍDEOS)

As mulheres em todo o Brasil estão nas ruas neste sábado em uma onda de protestos contra a candidatura presidencial do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), líder das pesquisas de intenção de voto para as eleições que acontecem em 7 de outubro.
Sputnik

Marchas organizadas por uma campanha de mídia social sob a hashtag #EleNao estão em andamento em dezenas de cidades brasileiras, incluindo o Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Mais cedo, manifestações também aconteceram no exterior, em cidades como Dublin, Paris, Berlim, Viena, Budapeste e Beirute.

A motivação dos protestos está relacionada às declarações e posições já externadas por Bolsonaro, considerado pelas manifestantes como racista, misógino e homofóbico.

A campanha das mulheres, lançada no Facebook no início de setembro, conclamou as mulheres de todas as convicções políticas a se unirem "contra o avanço e o fortalecimento do machismo, da misoginia, do racismo, da homofobia e de outros preconceitos".

O ex-capitão do Exército irritou especificamente as mulheres ao tentar justificar um hiato salarial de gênero, e argumentou contra o emprego de mulheres se fosse provável que elas ficassem grávidas.

Já Bolsonaro foi liberado do hospital neste sábado depois de ser esfaqueado e seriamente ferido por um ativista durante uma manifestação em 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). O candidato segue para a sua casa no Rio de Janeiro, e deve acompanhar as repercussões das manifestações.

Bolsonaro tem alta e deixa hospital após 3 semanas

Um dia antes de receber alta, Bolsonaro afirmou em uma entrevista à Rede Bandeirantes que não aceitaria nenhum resultado na votação de 7 de outubro que não seja a sua própria vitória.

"Pelo que vejo nas ruas, não aceito nenhum resultado eleitoral que não seja a minha eleição", declarou.

De acordo com a última pesquisa de opinião divulgada na sexta-feira pelo Datafolha, Bolsonaro lidera com 28% de apoio a 22% para seu rival mais próximo, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Espera-se que os dois fiquem frente a frente no segundo turno, três semanas depois.

Haddad é um candidato de substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso por corrupção e que foi impedido de concorrer pelo Supremo Tribunal Eleitoral (STF).

A pesquisa do Datafolha mostra que Haddad triunfou em um eventual segundo turno com Bolsonaro, de 45% a 39%.

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