OPEP pode aumentar produção de petróleo para conter aumento do produto após sanções ao Irã

Aliados e associados da OPEP concordaram em revisar a produção atual de petróleo como uma contramedida à falta de petróleo iraniano causada pelas sanções dos EUA.
Sputnik

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) informou que países-membros forneceram menos petróleo para os mercados mundiais no comparativo entre julho e agosto, o que levou a um aumento do preço do barril para US$ 80 o barril.

“Há discussões sobre aumentar a produção em mais 500 mil barris por dia (bpd). Eles [produtores da OPEP e não-OPEP] podem aumentar a produção quando se reúnem em dezembro ”, disseram as fontes, referindo-se à próxima reunião da OPEP em 3 de dezembro. Se a organização desejar resolver a escassez antes disso, terá que convocar uma "reunião extraordinária".

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De acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, o Comitê de Monitoramento Ministerial Misto (JMMC) formado por membros e não-membros da OPEP se reunirá na Argélia no fim de semana para discutir possíveis recomendações para aumentar ainda mais a produção de petróleo.

Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionou o apoio norte-americano aos países do Oriente Médio aos preços do petróleo e instou a organização a reduzir os preços. "Nós protegemos os países do Oriente Médio, eles não estariam seguros por muito tempo sem nós, e ainda assim eles continuam a pressionar por preços cada vez mais altos do petróleo! Nós vamos nos lembrar. O monopólio da OPEP deve baixar os preços agora!".

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O Irã, terceiro maior produtor da Opep, prometeu bloquear qualquer aumento de oferta, dizendo que o aumento de preço foi causado pela decisão de Trump em  aplicar sanções adicionais ao petróleo iraniano. O ministro iraniano do Petróleo, Bijan Namdar Zanganeh, disse que bloquearia pessoalmente qualquer decisão da Opep que prejudicasse os interesses do Irã, informou a Bloomberg.

"Qualquer país que diga que pode compensar o déficit do mercado está do lado dos Estados Unidos", disse Zanganeh a repórteres em Teerã na quinta-feira, observando que não comparecerá à reunião da JMMC. "Qualquer decisão tomada pelo JMMC para aumentar a produção seria 'nula' e 'inválida'".

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