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Campanha política na TV e Rádio tem mais força que Internet e Redes Sociais?

Na sexta-feira (14) completaram-se 15 dias desde o início das propagandas políticas obrigatórias no rádio e na televisão. Mas será que esses meios ainda têm o mesmo poder de antes sobre a mente dos eleitores? É o que a Sputnik Brasil perguntou ao cientista político Alberto Carlos Almeida.
Sputnik

As campanhas políticas nos meios de comunicação veiculadas na Televisão e no Rádio tiveram início em 31 de agosto e terminam, no 1º turno, em 4 de outubro.

O também diretor do Instituto Brasilis acredita que o efeito das campanhas nesses meios de comunicação, em consequência de alguns fatos, diminuíram em 2018

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"Uma coisa ofuscou bastante a Televisão que foi a facada que o Bolsonaro levou. A televisão, de fato, indicava uma vantagem grande para o Geraldo Alckmin. Ali naquele período a rejeição do Bolsonaro havia crescido bastante e ia se concluir ali a primeira semana do horário eleitoral gratuito", afirma o cientista político. O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi esfaqueado em Juiz de Fora-MG durante uma passeata de sua campanha no dia 6 de setembro. Ele foi operado ainda na cidade e depois levado para São Paulo, onde segue internado se recuperando.

Entre os candidatos, Geraldo Alckmin (PSDB) foi o que mais obteve tempo de Televisão, com 6 minutos e 3 segundos. Com isso, Alckmin supera a soma do tempo de Televisão de Fernando Haddad (PT), Alvaro Dias (Pode), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), que somam juntos 5 minutos e 7 segundos.

Mesmo assim, Alberto Carlos Almeida acredita que o efeito do ataque a Bolsonaro diminuiu a força desse meio de propaganda política, mitigando a vantagem do candidato do PSDB.

"E acabou que antes que isso ocorresse a candidatura de Geraldo Alckmin se viu diante desse efeito midiático imenso a favor do candidato Bolsonaro em função da facada", afirma o especialista, que continua: "Quando começou a [propaganda na] televisão, ele [Alckmin] se viu diante desse problema, que foi [ser] inteiramente ofuscado, um efeito de mídia gigante puxando tudo para o Bolsonaro. Isso complicou muito a vida de Geraldo Alckmin, não tenho a menor dúvida quanto a isso, todos nós sabemos".

No entanto, há outro aspecto que o cientista político do Instituto Brasilis tenta salientar. Para ele, a Televisão também, sofre o impacto do crescimento da relevância da Internet e das Redes Sociais na política. Porém, ele acredita que é um efeito que tanto ajuda quanto atrapalha as campanhas.

"O avanço das redes sociais serve para todos os lados né? Em que sentido, não digo todos os candidatos, mas serve tanto para ajudar uma candidatura, como a de Jair Bolsonaro, como para atrapalhar. Nós estamos vendo aí nessa semana um movimento das mulheres que se reuniram na rede social e que aumentou rapidamente", afirma, em referência ao grupo "Mulheres contra Bolsonaro" que se aproxima de 2,5 milhões de membros em cerca de uma semana desde sua criação no Facebook.

O especialista conclui seu raciocínio afirmando que os dois tipos de campanha, apesar de concorrem, também se complementam. Ele reforça que a televisão não tem apenas os horários eleitorais gratuitos, mas também as sabatinas, entrevistas e coberturas das agendas dos candidatos. Mas com o avanço da Internet, as candidaturas são obrigadas a dar atenção a um leque mais amplo de meios de comunicação.

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