Reino Unido promete resposta 'dura' caso armas químicas sejam usadas na Síria

O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, prometeu uma resposta "poderosa e unida" em caso de uso de armas químicas pelas Forças de Segurança do governo sírio.
Sputnik

Mais cedo nesta terça-feira (11), o Centro russo para a Reconciliação da Síria afirmou que uma filmagem para forjar o uso de armas químicas teve início na província de Idlib. Um ativista de direitos humanos da Síria disse também, à Sputnik, que dezenas de integrantes dos Capacetes Brancos teriam chegado da Turquia à região de Idlib para realizar a falsa operação. Ele afirmou que eles carregavam tanques de um gás desconhecido consigo, o que militares russos identificaram como sendo uma substância tóxica baseada em cloro.

"Se o regime da Síria repetir o terrível uso de armas químicas então nossa resposta será forte e unida", disse Hunt no Twitter.

​A Rússia alertou sobre o um possível ataque falso ainda em agosto. O porta-voz do Minstério da Defesa da Rússia, Major General Igor Konashenkov disse que terroristas do movimento Tahrir al-Sham, aliados do Jabhat Fatah al Sham, organização banida na Rússia, estariam preparando o ataque químico falso para provocar uma intervenção estrangeira no na Síria. O que, assim como a declaração de Hunt, já vem sendo sinalizado por outras autoridades.

Moradores de Idlib relatam filmagem de encenação com armas químicas
Na segunda-feira (10), o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, afirmou que os EUA, o Reino Unido e a França estão de acordo que qualquer uso de armas químicas por parte do governo da Síria resultaria em um ataque "muito mais forte" do que os ataques anteriores.

O último ataque ocidental contra o território sírio aconteceu em abril, após um incidente com armas químicas na cidade de Douma, pelo qual o governo da Síria foi responsabilizado pelo Ocidente.

O governo de Bashar Assad, no entanto, negou qualquer participação no ataque e afirmou que o mesmo se tratava de uma farsa. A Síria ainda enfatiza que descartou suas armas químicas sob a supervisão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

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