O que relatório do Pentágono realmente revela sobre poder militar da China?

A crescente capacidade de defesa de Pequim é destacada no recente relatório do Pentágono sobre o poder militar da China, diz Dean Cheng, perito da Fundação Heritage e especialista em questões políticas e de segurança na China, em um artigo para o The Daily Signal.
Sputnik

Desde 2015, quando Pequim interrompeu a publicação de seus "Livros Brancos de Defesa", "há poucas boas fontes de informação sobre um dos maiores exércitos do mundo", relato o analista, enfatizando a importância do documento americano e explicando seus destaques.

A edição deste ano do relatório analisa as implicações da Iniciativa do Cinturão e da Rota da Seda, embora a considere um projeto principalmente econômico e político, "com um impacto militar direto limitado".

China: 'Relatório do Pentágono distorce nossas intenções estratégicas'
Segundo o analista, esta análise reflete a abrangente abordagem chinesa em relação à segurança nacional.

Para entender "o desafio" que Pequim significa para os EUA, é necessário "incorporar não apenas as preocupações" sobre o Exército e o Governo chineses, mas também "a consideração de seu compromisso diplomático e econômico em todo o mundo".

Cheng relata que no relatório estão incluídas as mudanças que ocorrem desde dezembro de 2015, além das reformas fundamentais no Exército Popular de Libertação, proporcionando "uma nova imagem das várias melhorias" nas Forças Armadas da China.

O documento aborda o alcance crescente do Exército chinês, que supostamente está adquirindo capacidades que lhe permitiriam atacar os EUA, e destaca a triplicação do número de efetivos de seus "fuzileiros navais" como "uma das mudanças estruturais mais importantes [da Marinha] em 2017".

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Outro fato relevante, segundo o analista, foram as mudanças na organização e na doutrina do Exército Popular de Libertação, com destaque para as reformas realizadas pela Comissão Militar Central.

Agora que a comissão inclui o ministro da Defesa e a recém-criada Comissão Central de Inspeção Disciplinar, responsável pela erradicação da corrupção, é sugerido que o foco "está nas capacidades de combate e também na disciplina política e geral", garante o perito.

Pequim alega que tal relatório contribui para estimular a ideia de "ameaça chinesa", enquanto o especialista argumenta que, na realidade, é "a falta de transparência, o alcance e as melhorias objetivas" das capacidades da China que geram "um sentimento de ameaça", e não o relatório propriamente dito.

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A China rejeitou firmemente as conclusões do documento, alegando que o Pentágono distorce suas intenções estratégicas, enquanto o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Lu Kang, explicou que o programa de modernização do exército visa defender "os interesses de soberania, a segurança e o desenvolvimento do país", além de "salvaguardar a paz, a estabilidade e a prosperidade em todo o mundo".

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