Após morte de repórteres na África, agência de mídia russa fecha as portas

Uma agência de mídia investigativa russa que enviou três jornalistas à República Centro-Africana anunciou nesta quarta-feira (29) que está fechando as portas.
Sputnik

O Centro de Controle de Investigação, a Tsur, admitiu que Orkhan Dzhemal, Kirill Radchenko e Alexandr Rastorguyev estavam em uma missão organizada privada para filmar um documentário sobre instrutores militares russos quando foram mortos em uma emboscada em 30 de julho deste ano.

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O Ministério do Exterior russo disse que nunca fez segredo sobre a presença militar russa no país. A Rússia abriu uma investigação criminal sobre um suspeito supostamente relacionado aos assassinatos.

"Não há mais Tsur", anunciou o editor-chefe da emissora nesta quarta-feira (29), no aplicativo de mensagens Telegram. "Eu não posso escrever nenhuma palavra que não tenha relação com o assassinato de nossos amigos na África".

A República Centro-Africana tem vivido anos de conflitos étnicos e religiosos desde que rebeldes muçulmanos seleka depuseram o seu presidente em 2013.

Maria Zakharova, representante oficial do Ministério do Exterior da Rússia, disse que os três jornalistas mortos não tinha procurado as autoridades locais. O ministério havia compartilhado um aviso antes da tragédia apontando que os viajantes não deveriam contar com a polícia do país africano, que foi descrita como "basicamente extinta".

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