Documentarista brasileira deve ser deportada da Nicarágua amanhã, diz secretário da CIDH

Alvo de críticas internacionais por denúncias de repressão e violência, o governo da Nicarágua do presidente Daniel Ortega deteve a documentarista brasileira Emilia Mello. A expectativa é que ela seja expulsa do país a qualquer momento, segundo Paulo Abrão, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), na sua conta no Twitter.
Sputnik

Emilia Mello foi presa no momento em que se preparava para filmar um protesto e levada ao Departamento de Migrações para ser deportada. O episódio ocorreu no sábado (25) e provocou reações entre entidades de defesa dos direitos humanos e da cultura.

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Recentemente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), informou que 322 pessoas morreram em quatro meses de protestos contra o governo de Ortega, das quais 21 eram policiais e 23, crianças e adolescentes.

​A Associação Nicaraguense de Cinematografia (Anci) condenou a ação e considerou o ato uma forma de censura.

"Isso estabelece um precedente muito perigoso para futuros cineastas que queiram tentar entrar no país para documentar o que sucede e contar ao mundo a história do que estamos vivendo e registrar qualquer violação dos direitos humanos", informa o comunicado da Anci.

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