Por que reaver seus navios da Crimeia não é vantajoso para Ucrânia?

O ex-comandante da Marinha da Ucrânia, Sergei Khaiduk, explicou por que razão, em sua opinião, as autoridades do país decidiram não reaver os navios militares que ficaram na Crimeia, comunica a mídia ucraniana.
Sputnik

"Frente aos problemas de substituição de importações, se reouvermos estes navios perdemos os argumentos nas instituições internacionais onde apresentamos uma demanda. As instituições internacionais diriam: 'Mas vocês conseguiram chegar a um consenso aí, recuperaram os navios, ou seja, não têm problemas", explicou o militar, citado pelo canal 112 Ucrânia, aludindo à situação em torno das relações russo-ucranianas.

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O ex-comandante acrescentou que a frota que ficou na península é dotada a 70 % de equipamentos de produção russa.

Ele também chamou atenção para o fato de a criação da Marinha da Ucrânia, após o colapso da URSS, ter sido efetuada através da divisão da Frota do Mar Negro soviética. Entretanto, durante o período de independência, as autoridades ucranianas "deram cabo" da parte que lhes foi atribuída.

"Naquela época, recebemos 140 embarcações, isto é, navios, lanchas e barcos de manutenção. No período de independência, 65 delas foram para a sucata, enquanto dos projetos da URSS, as chamadas construções ao longo prazo, terminamos apenas cinco", resumiu.

Mais cedo, Khaiduk falou sobre a necessidade de colocar minas no mar de Azov para evitar as perdas que seriam causadas, em sua opinião, pelas atividades dos navios militares russos.

A Crimeia passou a integrar o território russo após um referendo convocado em março de 2014, no qual mais de 90% dos residentes locais se manifestaram a favor de voltar a fazer parte da Rússia.

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