Especialista descreve como EUA protegem status de maior economia mundial

Empresas europeias estão cada vez mais se deparando com diferentes instrumentos legais dos EUA, que tentam de qualquer maneira proteger status de maior economia mundial. Durante entrevista concedida ao Atlantico.fr, o geoeconomista Nicolas Mazzucchi comentou o assunto.
Sputnik

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Ele destaca que, em 2015, a empresa BNP Paribas recebeu uma multa de US$ 8,9 bilhões (R$ 35 bilhões). Já em 2014, a companhia SNCF teve que pagar US$ 60 milhões (R$ 234 milhões), e a Alstom foi multada em US$ 772 milhões (R$ 3 bilhões).

Estas empresas reúnem dois fatores importantes — elas competem com empresas norte-americanas nos setores tecnológicos da economia, bem como realizam suas atividades nos Estados Unidos, recebendo multas muito mais leves do que as companhias russas ou chinesas.

Além disso, como observou Mazzucchi, a legislação dos EUA tem uma série de "atos extraterritoriais", tais como a lei d'Amato-Kennedy de 1996. Esta lei permite que autoridades norte-americanas penalizem facilmente empresas europeias.

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O especialista também destaca a moeda e a inteligência dos EUA, que proporcionam aos americanos uma boa ajuda para pressionar qualquer país e empresa. A taxa de câmbio do dólar não está vinculada ao ouro, e isso dá a Washington uma alavanca para exercer pressão sobre a economia internacional. Eles podem impor sanções contra qualquer empresa por comercializar com países ameaçadores para os EUA, simplesmente por negociarem com o uso do dólar.

No que diz respeito à inteligência, o analista destacou que a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira, que permite aos EUA interceptar toda a comunicação do planeta pelo bem de sua segurança nacional.

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