Presidente do Afeganistão oferece cessar-fogo ao Talibã

O presidente afegão, Ashraf Ghani, declarou um cessar-fogo provisório de três meses com o Talibã em uma transmissão televisiva neste domingo (19), mas disse que a trégua só acontecerá se os insurgentes também a obedecerem.
Sputnik

O anúncio ocorre após uma sangrenta semana de combates em todo o Afeganistão, em que o Talibã lançou um ataque massivo contra a capital da província, Ghazni, a apenas duas horas de carro de Cabul.

Havia expectativa pelo pronunciamento de Ghani, após sinais mistos do palácio presidencial sobre se o governo ofereceria um novo cessar-fogo, após uma breve trégua no início deste ano.

"Mais uma vez eu anuncio um cessar-fogo de amanhã até o aniversário do profeta — desde que o Talibã retribua", disse Ghani, referindo-se ao aniversário do profeta Maomé, que o Afeganistão celebra em 21 de novembro.

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O anúncio do presidente foi imediatamente bem-vindo no vizinho Paquistão, que há muito é acusado de fomentar laços com a liderança do Talibã e proporcionar refúgio a seus combatentes.

Um cessar-fogo anterior de três dias pelo feriado do Eid em junho — o primeiro cessar-fogo formal no país desde a invasão dos EUA em 2001 — foi marcado por milhares de cidadãos saindo de suas casas e convivendo em público.

O cessar-fogo estimulou a esperança de que um novo caminho se abrisse para possíveis negociações de paz no país até o fim da guerra de quase 17 anos, mas a violência aumentou nas semanas seguintes.

A luta de vários dias por Ghazni, que terminou na quarta-feira, matou centenas de pessoas e viu combatentes do Talibã saquearem a capital da província, incendiando edifícios e destruindo sua infrastrutura.

Essa batalha coincidiu com ataques a instalações do governo em todo o país.

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