Marinha britânica promete proteger seu novo porta-aviões da 'ameaça russa'

O porta-aviões Queen Elizabeth, de 71.650 toneladas, é o maior navio de guerra já construído na Grã-Bretanha e está passando por testes no mar desde que saiu do estaleiro de Rosyth, na Escócia, em junho de 2017.
Sputnik

O comodoro Andrew Betton, comandante do Grupo Aeronaval de Ataque do Reino Unido, disse que outros navios de guerra da Marinha Real que fazem parte da formação protegerão o porta-aviões Queen Elizabeth da chamada "ameaça russa" durante os próximos testes de mar no oceano Atlântico.

"Os submarinos russos estão mais ativos no Atlântico Norte do que têm sido desde a Guerra Fria e nós levamos isso muito a sério. O navio estará bem protegido enquanto transitar pelo Atlântico", afirmou Betton à rede de notícias britânica ITV.

Betton acrescentou que a medida não visa o confronto porque o grupo de trabalho está apenas se dirigindo à "Costa Leste dos Estados Unidos para realizar testes".

Perseguição de submarino durante 10 minutos é já um sucesso, avalia militar russo
Sua opinião é partilhada pelo capitão Jerry Kyd, comandante do porta-aviões, que destacou que "o incremento da atividade russa que vimos nos últimos dois anos é assustador e, por razões de segurança nacional, apenas enfatizamos a necessidade de manter uma frota equilibrada, sólida e capaz".

"Tem sido bastante alucinante o que temos visto nos últimos dois anos", expressou Kyd, prometendo "operar profissionalmente e dentro das leis padrão do alto mar, atuando em águas internacionais para cuidar dos nossos interesses".

As observações dos dois comandantes foram expressas quando o porta-aviões Queen Elizabeth se prepara para deixar a base naval de Portsmouth para cruzar o Atlântico com sua missão de realizar testes de voo e chegar a Nova York.

Pentágono será capaz de criar análogo do míssil hipersônico Kinzhal russo até 2021?
No final de maio, o secretário da Defesa do Reino Unido, Gavin Williamson, acusou Moscou de medidas agressivas, usando o alegado pretexto da "ameaça russa" como argumento para instar o governo do Reino Unido a aumentar o financiamento para a modernização da Marinha Real.

Ele alegou que a atividade submarina da Rússia aumentou em dez vezes no Atlântico Norte e que a Marinha Real reagiu ostensivamente por 33 vezes a navios da Marinha russa que se aproximavam das águas territoriais do Reino Unido.

Por sua vez, o Ministério da Defesa da Rússia sublinhou que a atividade naval russa na área está totalmente alinhada com as normas internacionais.

Em fevereiro, Williamson, conhecido por suas declarações antirrussas, reforçou a necessidade de modernizar a Força Aérea do Reino Unido devido à necessidade de combater as ameaças supostamente vindas da Rússia.

Comentar