Suprema Corte venezuelana no exílio condena Maduro a mais de 18 anos de prisão

Na quarta-feira (15), os juízes venezuelanos exilados condenaram o presidente Nicolás Maduro por corrupção e lavagem de dinheiro a 18 anos e três meses de prisão.
Sputnik

O Supremo venezuelano destituído é composto por juízes que fugiram do país para a Colômbia, Panamá, Chile e Estados Unidos.

O tribunal, realizado em uma sala do Congresso colombiano, solicitou uma ordem de captura internacional do presidente Nicolás Maduro e impôs multa de US$ 25 milhões (R$ 97 milhões) por corrupção e de US$ 35 milhões (R$ 136,5 milhões) por lavagem de dinheiro, além da perda dos direitos políticos de Maduro pelo tempo da pena, comunicou a agência Associated Press.

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Os valores seriam devolvidos ao governo venezuelano pelos atos corruptos de Maduro com a construtora brasileira Odebrecht. O advogado de Maduro, Andrés Lindo, rejeitou a sentença e afirmou que os contratos com a Odebrecht eram de outras entidades.

Os juízes ordenaram que Maduro cumprisse a pena na prisão Ramo Verde, fora de Caracas, onde vários líderes da oposição estão encarcerados.

"Eu estou pedindo por justiça em nome dos venezuelanos", disse a procuradora-geral Luisa Ortega, destituída pela Constituinte, acrescentando que a cultura de corrupção crônica tem contribuído para constante declínio na vida dos venezuelanos que estão tentando comer três vezes ao dia e fugindo da nação em grandes números.

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Um vídeo divulgado no ano passado mostra um representante da Odebrecht falando com um assistente de Maduro que pediu US$ 50 milhões (R$ 195 milhões) para financiar líderes socialistas na campanha de 2013. O representante aceitou pagar US$ 35 milhões (R$ 136,5 milhões) em troca de condições privilegiadas para projetos da Odebrecht. Maduro nega todas as acusações.

De acordo com Ortega, a construtora Odebrecht recebeu dinheiro por projetos de obras públicas inacabadas. "Estes trabalhos simplesmente não existem, mas o dinheiro foi pago", acrescentou.

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