Jornalista: tropas norte-americanas tiveram ordem de se entrincheirar no Báltico

Em breve, perto do futuro polígono aéreo da OTAN na cidade lituana de Kazlu Ruda surgirá uma nova base da Aliança, acredita o observador da Sputnik Aleksandr Khrolenko.
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De acordo com ele, a apenas quatro quilômetros de Kazlu Ruda se encontra um aeródromo com uma pista de pouso e decolagem de dois quilômetros de comprimento, na floresta adjacente há numerosos bunkers e hangares.

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Além disso, no dia 14 de agosto, o presidente norte-americano Donald Trump assinou a lei do orçamento militar do país com um valor que já bateu todos os recordes. Este documento obriga o Pentágono a "considerar a possibilidade de passar da missão de patrulhamento aéreo da OTAN nos países do Báltico para a missão de defesa antiaérea".

A fim de fazê-lo, é preciso desenvolver a infraestrutura, ou seja, a rede de aeródromos, redes elétricas e de água, armazéns de combustível, bem como polígonos para treinamento. Sendo assim, toda essa estrutura em Kazlu Ruda pode se transformar em uma base da OTAN, acredita o jornalista. Sua opinião foi publicada na Sputnik Lituânia.

Na prática, as tropas norte-americanas tiveram ordem de se entrincheirar na região do Báltico, e de se manterem preparadas para a guerra com a Rússia. Washington pode dar início a ações militares usando qualquer pretexto cômodo, inclusive mais um "envenenamento de Skripal".

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Enquanto isso, segundo acrescentou Khrolenko, este projeto trará muitas surpresas desagradáveis para a própria Lituânia. 

"Agora, nas cabeças dos lituanos podem cair bombas e mísseis da OTAN, como isso já teve lugar na Estônia, quando os militares não conseguiram detectar e acompanhar a trajetória do míssil norte-americano", assinalou.

Tal prova que o espaço aéreo do flanco oriental da OTAN não está protegido nem sequer de antigos mísseis norte-americanos do tipo AIM-120 AMRAAM. Para interceptar os novíssimos mísseis, como, por exemplo, os Iskander ou Kalibr, "não há recursos, tampouco bases". 

Em meio ao processo irreversível de militarização da região do Báltico, e à intensificação da atividade da OTAN perto das fronteiras russas, a reação de Moscou virá em uma "questão de tempo", concluiu Khorlenko.  

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