Terroristas na Síria estão se preparando para 'guerra sem território', diz politólogo

Na Síria, cinco drones, que estavam se aproximando da base aérea russa de Hmeymim, foram destruídos pelo sistema de defesa antiaérea da Rússia. Qual seria o propósito de tais ataques? Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista Stanislav Tarasov respondeu à questão.
Sputnik

Os militares russos destruíram cinco drones que estavam se aproximando da base aérea de Hmeymim localizada na Síria, disse o chefe do Centro Russo de Reconciliação síria, major-general Aleksei Tsygankov.

Sistemas de defesa russos destroem drone lançado por terroristas na Síria
Não houve vítimas ou danos materiais e, após o ataque, a base continuou funcionando normalmente.

Aumentaram-se os casos de destruição de drones lançados em direção à base aérea de Hmeymim, em comparação com meses anteriores. No total, somente em agosto, seis drones enviados por terroristas foram abatidos.

O cientista político Stanislav Tarasov, especialista em problemas de países do Oriente Médio e do Cáucaso, avaliou a situação.

"A vitória na Síria já foi obtida, e isso é dito não apenas pelo comando militar russo, mas também pelas Forças Armadas americanas, e representantes da ONU afirmam que a maioria dos territórios está livre e sendo controlada pelo governo. No entanto, existem alguns focos de resistência por parte do Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia], e esses ataques de drones, que recentemente se tornaram mais frequentes, em minha opinião, são de natureza investigativa", afirmou Tarasov.

Forças russas derrubam 2 drones de terroristas na Síria
"Há um sentimento de que o 'califado' está se preparando para uma guerra sem território. Não é coincidência que eles estejam criando 'centros flutuantes', movendo-se parcialmente para algumas áreas difíceis de alcançar na Síria".

"É possível que eles tentem ganhar uma posição no território iraquiano, em parte já estão no território do Afeganistão. E esses drones são o chamado 'fogo perturbador' e o desejo de fazer pelo menos uma pequena malícia", concluiu o analista.

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