Rússia: falta de acesso aos Skripals aumenta as suspeitas de isolamento forçado

O impedimento do acesso público ao ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia, supostamente submetidos a um ataque venenoso em Salisbury em março, por mais de cinco meses, aumenta suspeitas sobre seu isolamento forçado, disse o porta-voz da embaixada russa em Londres nesta terça-feira.
Sputnik

O porta-voz ressaltou que por quase meio ano os cidadãos russos foram privados de contatos com parentes, amigos, jornalistas, representantes oficiais russos, bem como da liberdade de trânsito.

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"Londres persiste em recusar o contato com os [Skripals] para garantir que eles não estejam sendo pressionados pelas autoridades [do Reino Unido]. Isso só aumenta as suspeitas sobre o isolamento forçado dos Skripals ou a inconsistência entre sua condição real e aquela que está sendo oficialmente declarada", disse o porta-voz aos repórteres.

Segundo a embaixada russa, os jornalistas também não podem obter acesso aos Skripals sem a aprovação prévia das autoridades, o que pode indicar que o assunto está sendo censurado no Reino Unido.

Em 4 de março, Skripal e sua filha foram encontrados inconscientes em um banco de um shopping center em Salisbury. O Reino Unido e seus aliados acusaram Moscou de ter orquestrado o ataque com o que os especialistas britânicos afirmam ser a neurotoxina A234, sem apresentar qualquer prova. As autoridades russas refutaram as acusações como infundadas.

Desde então, os Skripals se recuperaram do ataque e receberam alta do hospital onde estavam sendo tratados.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia entregou mais de 60 notas ao Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido solicitando acesso à investigação sobre o caso, que afetou os cidadãos russos e ofereceu cooperação, inclusive na condução de uma investigação conjunta sobre o incidente, mas não foi atendido pelas autoridades britânicas.

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