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Caso Marielle: Sigilo não deve ser 'confundido com silêncio', diz Anistia Internacional

As autoridades que investigam o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, não devem confundir "sigilo" com "silêncio". A avaliação é da diretora da Anistia Internacional, Jurema Werneck.
Sputnik

"É correto as investigações serem feitas em sigilo. Mas não se deve confundir sigilo com silêncio das autoridades. As autoridades de segurança pública têm o dever de vir à público afirmar seu compromisso com a investigação e com os resultados", afirmou Jurema à Sputnik Brasil.

Nesta terça-feira (14), o assassinato da vereadora do PSOL completa cinco meses. A Anistia Internacional entregou ofícios com pedidos de respostas para cinco autoridades: o Chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa de Araujo Junior; o Secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro General Richard Fernandez Nunes; o Interventor Federal General Walter Souza Braga Netto; o Procurador Geral do Ministério Público do Rio de Janeiro José Eduardo Ciotola Gussem; a Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira; o Ministro da Justiça Torquato Jardim.

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Jurema Werneck destaca que é grave a possibilidade do período eleitoral chegar e ainda não existir uma resposta sobre o caso de Marielle. "Entrando o período eleitoral, é preciso manter a mobilização para que não ocorra o risco de acontecer uma eventual negligência em relação à investigação."

A diretora da Anistia Internacional também afirmou que o organismo recomenda que seja instituído "um mecanismo indepedente de monitoramento das investigações". 

Monica Benício, viúva de Marielle Franco, Jurema Werneck, dir. executiva da Anistia Internacional Brasil, Marinete da Silva e Antonio Francisco da Silva Neto, mãe e pai da defensora de direitos humanos e vereadora na Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro.

 

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