Senadores dos EUA propõem reconhecer Rússia como patrocinador do terrorismo

Senadores norte-americanos sugerem às autoridades do país que analisem a questão do reconhecimento da Rússia como um "Estado patrocinador do terrorismo", relata o jornal Kommersant, que teve acesso ao projeto de lei sobre novas sanções contra Moscou.
Sputnik

Por um lado, se observa que o documento se parece com o início de uma campanha para expulsar a Rússia de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Por outro lado, é a mesma desculpa usada pelos EUA para impor sanções ao Irã.

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O documento, chamado de "Lei de defesa da segurança norte-americana da agressão do Kremlin de 2018", foi apresentado ao Senado em 3 de agosto. Ele foi elaborado pelos senadores Lindsey Graham, Robert Menendez, Cory Gardner e Ben Cardin. Segundo a edição, o projeto de lei parece estar relacionado com a política interna e, provavelmente, se concentra no presidente dos EUA Donald Trump, que conduz uma política demasiadamente branda em relação à Rússia.

O documento começa com um apelo ao líder norte-americano. Em particular, ele é instado a apoiar os esforços para combater a interferência "por parte do governo da Rússia ou outros jogadores estrangeiros na atividade das instituições governamentais dos EUA, assim como nos processos democráticos no país", a rejeitar o apoio ao presidente sírio Bashar Assad e a exigir a devolução da Crimeia à Ucrânia.

Eles também tencionam obrigar Trump a cumprir a Lei de Contenção dos Adversários da América Através de Sanções (CAATSA, sigla em inglês) com mais eficácia. Sugere-se a atualização da chamada lista do Kremlin do Departamento do Tesouro dos EUA e começar a procurar em todo o mundo por ativos e capitais do presidente russo Vladimir Putin.

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Segundo é observado, o projeto de lei também pressupõe que todas as sanções contra Moscou, desde a CAATSA até à Lei Magnitsky, sejam unificadas em uma base única. Propõe-se proibir as operações nos EUA e congelar os ativos de sete instituições bancárias russas que já estão sob restrições. Além disso, os senadores querem criar um centro nacional para combater a ameaça russa e um escritório de sanções na Casa Branca, que coordenará as ações de Washington em relação às sanções antirrussas com os países europeus.

Há um capítulo dedicado à não proliferação de armas químicas, que menciona o envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha Yulia, do qual Londres e vários países ocidentais acusaram a Rússia. Moscou nega as acusações.

Além disso, o documento prevê um mecanismo planejado para impedir que "qualquer representante dos EUA" retire o país norte-americano da OTAN.

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