Por que EUA 'fecham os olhos perante atividades terroristas' do Daesh?

Um dos membros do Conselho da província iraquiana de Anbar, Farhan Muhammed al Dulaimi, declarou à imprensa que os terroristas do Daesh continuam atravessando a fronteira sírio-iraquiana nas regiões desérticas.
Sputnik

Ele assinalou que "essas movimentações ocorrem à vista da aviação norte-americana".

"Toda a informação que obtemos indica que os norte-americanos fecham os olhos perante as atividades dos terroristas. A ameaça à segurança é usada pelos estadunidenses como um instrumento de influência sobre as decisões tomadas no Iraque, por exemplo, a composição do governo em formação", comentou para a Sputnik Árabe o especialista em estratégia iraquiano Ahmed al Sharifi.

Para ele, o Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia e em vários países] é um projeto de investimentos dos EUA para exercer pressão sobre Bagdá. Ahmed al Sharifi opinou também que o Iraque faz parte da política destinada a garantir a segurança nacional americana. Em primeiro lugar, os norte-americanos precisam do país para executar a estratégia de Trump de conter o Irã e a China. Em segundo lugar, para contrariar a presença russa na Síria.

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Segundo o especialista, é obvio para todos que a Rússia não abandonará a Síria depois de vencer os terroristas, é um exemplo de uma longa cooperação estratégica. Já os EUA fazem todo o possível para se radicarem no país vizinho. Através do Irã e da Síria passam vias importantes de transporte de petróleo e gás, além disso, eles são possíveis elos da nova Rota da Seda a partir da China.

"Sabe-se que a título de conselheiros e funcionários das missões diplomáticas no Iraque estão milhares de militares americanos. Seu número exato é ocultado. Esses militares podem exercer uma influência bem real na situação política no Iraque", disse o especialista militar Ahmed al Sharifi.

Ele acrescenta que para os norte-americanos é proveitoso que os terroristas não sejam definitivamente eliminados. Isso dá um pretexto para os soldados estadunidenses continuarem em um país que não é deles.

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