Israel liberta adolescente palestina ícone da resistência

Ahed Tamimi, de 17 anos, tornou-se uma celebridade e um ícone da resistência da Palestina após ser presa por chutar um soldado de Israel. Ela ficou presa por quase oito meses e foi libertada por Israel neste domingo (29).
Sputnik

A mãe de Tamimi transmitiu a briga dela com o soldado israelense ao vivo no Facebook. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, descreveu Tamimi como "um modelo de resistência civil pacífica, provando ao mundo que nosso povo palestino permanecerá firme e constante em suas terras, não importando o sacrifício".

Abbas já se encontrou com a jovem palestina e sua mãe.

Já Israel disse que o episódio foi uma provocação encenada. 

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Vestindo seu cachecol árabe quadriculado nas cores preto e branco quando voltou para casa, Tamimi cumprimentou dezenas de simpatizantes. Fora da casa de um aldeão morto pelas forças israelenses, ela disse que irá continuar lutando contra a ocupação de Israel.

"Vou continuar meu curso universitário e estudarei direito para poder abordar a causa do meu país em todos os fóruns internacionais e poder representar a causa dos prisioneiros", disse Tamimi. "A prisão me ensinou muitas coisas, eu fui capaz de descobrir o caminho certo para entregar a mensagem da minha terra natal."

Tamimi, que tinha 16 anos no momento de sua detenção, enfrentou 12 acusações, mas em março se declarou culpada para conseguir uma redução de pena. 

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Os palestinos defendem que a Cisjordânia faça parte de seu futuro Estado, junto com Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. A maioria dos países e a Organização das Nações Unidas (ONU) considera os assentamentos israelenses na Cisjordânia ilegais, algo que Israel contesta.

As negociações patrocinadas pelos EUA sobre a criação de um Estado palestino ao lado de Israel estão paralisadas desde 2014.

O caso de Tamimi atraiu a atenção mundial e a Anistia Internacional disse que sua sentença estava em desacordo com a lei internacional.

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