Aonde te pega o buraco negro? Novo estudo revela o que ocultam 'predadores' do Universo

Um novo estudo põe em questão a ideia de que os buracos negros estão cercados por um anel de fogo que incinera o que está em seu caminho.
Sputnik

Os buracos negros podem atuar mais como bolas de fios, que acumulam cada vez mais "fiapos" quando os objetos são arrastados, segundo os novos dados publicados no site da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos.

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Samir Mathur, professor da Universidade e um dos pesquisadores, supõe que a superfície difusa se estenderia para encontrar-se com o objeto antes de atingir o ponto mais quente da radiação do buraco negro.

Os buracos negros são lugares no espaço com uma atração gravitacional tão imensa que nem sequer a luz pode escapar quando é capturada. São invisíveis, mas os cientistas estabeleceram que podem variar de pequenos a grandes, estimativas que se baseiam no comportamento das estrelas e do gás que os rodeia.

"O que mostramos neste estudo é uma falha no argumento das 'paredes de fogo'", sublinhou Mathur.

Os cálculos, de acordo com a equipe, descartam a teoria das paredes de fogo, segundo a qual o anel de fogo incineraria qualquer coisa antes de atingir a superfície.

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Baseia-se na teoria das cordas, a noção científica de que o Universo é composto por tubos de energia subatômicos em forma de cordas.

"A pergunta é: aonde te pega o buraco negro? Acreditamos que quando uma pessoa se aproxima do horizonte, a superfície difusa cresce para alcançá-la antes que chegue à parte mais quente da radiação, e esta é uma descoberta crucial nesse novo relatório que invalida o argumento das paredes de fogo", sublinhou Mathur.

Segundo o pesquisador, a realidade pode ser muito mais complexa do que explica a teoria das paredes de fogo.

"Uma vez que uma pessoa cai no buraco negro, ela fica enredada em cordas, não há forma fácil de explicar o que vai sentir. O argumento das paredes de fogo parecia uma forma rápida de demonstrar que algo que cai pelo horizonte se queima", opinou Mathur.

Mas agora, sublinha o cientista, o que acontece só pode ser determinado através de cálculos detalhados na teoria das cordas.

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