Hezbollah: terroristas por trás dos ataques no sul da Síria recebem 'assistência' dos EUA

Os ataques terroristas do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países) na província de Sweida na quarta-feira (25) tiraram, segundo os relatos, a vida de mais de 210 pessoas – o número de feridos ultrapassa os 200.
Sputnik

O movimento militante libanês Hezbollah acusou os EUA de serem os chefes regionais de "gangues criminosas" que realizaram ataques coordenados e brutais a vários alvos na província, incluindo o mercado central da cidade de Sweida.

"O surgimento dessas gangues armadas com armamentos e equipamentos completos vindos da área de At-Tanf, onde os EUA estão ilegalmente baseados, bem diante de seus olhos e com sua óbvia assistência, é perigoso", alertou o grupo em um comunicado.

"Evidentemente, forças regionais e internacionais continuam usando essas gangues criminosas para implementar seus objetivos perversos e hostis", acrescentou o comunicado.

Expressando condolências às famílias dos que foram mortos, Hezbollah enfatizou que os ataques terroristas aconteceram depois das operações bem-sucedidas do Exército sírio no sul da Síria, inclusive na província de Daraa, onde o exército do país árabe e seus aliados estão realizando uma operação para liquidar a última fortaleza do Daesh na região.

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Homens-bomba do Daesh atingiram na quarta-feira (25) vários alvos civis na cidade de Sweida. Os militantes lançaram também ataques simultâneos contra povoações próximas. As autoridades sírias disseram que conseguiram eliminar pelo menos dois dos agressores antes de eles terem explodido, evitando assim mais mortes. Um jornalista local relatou que os terroristas mataram muitas pessoas durante a noite, indo de casa em casa, batendo às portas e matando todo mundo dentro. Os terroristas teriam supostamente levado dezenas de civis como reféns quando fugiram para as áreas sob seu controle. O Daesh reivindicou a responsabilidade pelos ataques.

O distrito sírio de At-Tanf, na província de Homs, faz fronteira com o Iraque e a Jordânia e está sob o controle de uma coalizão internacional liderada pelos EUA. Nesse distrito há uma base militar norte-americana e o campo de refugiados de Rukban. Damasco exigiu repetidamente que a coalizão acabe com essa "presença ilegal" na área.

Os militares sírios e seus aliados, incluindo o Hezbollah, vêm realizando nas últimas semanas operações de limpeza contra os militantes no sudoeste da Síria. Em 15 de julho, graças às negociações facilitadas pelo Centro Russo para a Reconciliação na Síria, militantes não afiliados ao Daesh ou à Frente al-Nusra (organização terrorista proibida na Rússia) começaram a se render, a mudar de lado ou a se evacuar para o norte do território sírio.

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