Primeira-ministra britânica pode enfrentar 'rebelião do WhatsApp' por acordo do Brexit

A oposição ao acordo atingido pela primeira-ministra Theresa May centra-se em torno de planos para criar uma Zona Aduaneira Reino Unido-UE e a permanência da adesão britânica às regras e padrões da indústria europeia.
Sputnik

Cerca de 100 membros conservadores do Parlamento britânico se juntaram a um grupo do WhatsApp que pretende coordenar a oposição no partido contra o projeto da primeira-ministra Theresa May para a saída da Grã-Bretanha da União Europeia.

O grupo, composto principalmente pelos chamados "Brexiteers radicais", planeja votar emendas ao plano apresentado pelo "Grupo de Pesquisa Europeia", ligado à ala mais à direita do partido.

Pelo menos nove membros do governo de Theresa May renunciaram ao projeto Brexit, incluindo o ex-secretário de Relações Exteriores Boris Johnson e o secretário do Brexit, David Davis. A oposição está principalmente ligada à disposição da premiê em continuar a aderir às regras e regulamentos da indústria europeia após o Brexit, apesar de não ter voz ativa na sua formulação.

Trump: Brexit de Theresa May não é o mesmo pelo qual povo britânico votou
A concessão do chamado "alinhamento regulatório" com a UE foi a solução encontrada pela premiê para tentar por fim ao elemento mais intratável das negociações com Bruxelas: a fronteira com a Irlanda do Norte. Com histórico de sangrentos conflitos por motivação religiosa, a Irlanda do Norte é separada da vizinha, Irlanda, desde o Acordo de Belfast assinado em 1998. O texto selou a paz estabelecendo o compartilhamento de poderes entre católicos e protestantes, mas a existência de uma fronteira alfandegária após a saída da União Europeia pelo Reino Unido poderia esquentar a situação na região.

O membro do parlamento britânico (MP) e partidário da saída da UE, Jacob Rees-Mogg.

Líderes conservadores de um "Brexit radical" como o Parlamentar Jacob Rees-Mogg se tornaram cada vez mais críticos à forma como o processo do Brexit vem sendo conduzido por May, descrevendo o plano como "desesperançoso" e "uma linha vermelha que poderia ameaçar a liderança dela"

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