Após protestos por acordo com FMI, ONU pede o fim da violência no Haiti

O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta quinta-feira (12) os episódios de violência no Haiti, que deixaram pelo menos quatro mortos, e expressou apoio aos esforços do governo para restaurar rapidamente a ordem.
Sputnik

O país caribenho foi abalado nesta semana por dois dias de saques e incêndios provocados pela decisão do governo de elevar os preços dos combustíveis. Diante da repercussão, a decisão foi revertida. 

O aumento no preço foi causado por um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que pediu que os subsídios aos combustíveis fossem cortados. Com a medida, seriam economizados cerca de US$ 300 milhões, 11% do orçamento do país.

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Sem os subsídios, o preço da gasolina aumentaria em 38%. Um custo difícil de suportar para um país que tem 60% de sua população vivendo com menos de US$ 2 dólares por dia. 

Os membros do Conselho de Segurança pediram "a cessação imediata de todas as formas de violência e a responsabilização dos envolvidos", em uma declaração unânime.

Eles pediram moderação e expressaram apoio ao governo "para trabalhar com todos os principais atores para restaurar rapidamente a ordem, garantir a segurança das pessoas e da propriedade e superar os desafios enfrentados pelo país".

As Nações Unidas encerraram sua missão de manutenção da paz no Haiti, liderada pelo Brasil, em outubro do ano passado, substituindo-a por uma força policial encarregada de apoiar as forças nacionais. Os capacetes azuis, como são conhecidos os soldados da ONU, ficaram no país por 13 anos.

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