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Muitos brasileiros optam por trens da Rússia na hora de desbravar o país

Partindo para o jogo entre Brasil e México, que será realizado em Samara, muitos brasileiros optaram pelo meio de tranporte que liga todas as regões da Rússia continental: o trem. A Sputnik Brasil decidiu entrar nessa viagem verde e amarela para conferir de perto as impressões dos brasileiros pelos trilhos russos.
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O trajeto entre Moscou e Samara leva 14 horas de trem. É uma boa opção para quem quer economizar com hotel, já que sai de noite e chega na manhã do outro dia. Os trens russos, que saem da capital rumo a Samara, possuem vagões com cabines para duas ou quatro pessoas, restaurante e banheiros.

De trem pela Rússia
No início da viagem de trem já era possível ouvir pessoas falando português ao passar pelos corredores. Assim como nos estádios, brasileiros estão marcando presença forte em todos os meios de transporte da Rússia. A Sputnik Brasil não perdeu a chance de falar com brasileiros no caminho à cidade-sede que fica ao lado do famoso rio Volga.

Em meio a revés alemão, brasileiros celebram seu time na capital russa (FOTOS, VÍDEO)
Para o engenheiro de minas Felix Torres, depois de conferir as noites claras de São Petersburgo, viajar de trem está na lista de aventuras que devem ser cumpridas com seu filho na Rússia. Felix acredita que viagem de trem seja uma ótima maneira de checar paisagem e estilo de vida dos russos.

No restaurante do trem, brasileiros eram a maioria. Felix chegou até a perguntar "cadê os mexicanos?", pois só se ouvia português.

Uma simples viagem de trem trouxe realidade do Brasil para solo russo. O agente marítimo Luiz Pelusi Neto não teve como não perceber a facilidade que trem traz para a população em geral, e lamentou pelo sistema ferroviário do Brasil não ser evoluído.

"Isso que a gente está vivendo aqui, se tivesse no Brasil, ia facilitar a vida de um monte de gente. Principalmente, não só trem, mas metrô e tudo. O transporte é uma coisa muito importante. A gente não está acostumado com isso, aqui para eles é corriqueiro, já para a gente é um vislumbre", reforçou.

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O professor aposentado da UFPB Marco Cavalcanti, mesmo tendo lembrado que "infelizmente, nós não temos disponível no Brasil", mostrou-se muito satisfeito com a experiência vivida não só em trem russo, mas em todos os lugares visitados.

"Questão de limpeza, de acolhimento ao trem, de indicação à cabine, tudo perfeito. Tem somado à toda a hospitalidade que temos recebido dos russos até o momento, desde nossa chegada à Rússia", destacou.

Marco Cavalcanti revelou que sempre teve vontade de conhecer a Rússia, mas não tinha oportunidade. "Então esse momento da Copa veio bem a calhar, porque serve inclusive para conhecer uma nova cultura e um povo que a gente não tinha ideia como era e, sobretudo, para quebrar paradigmas."

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