Associação Nacional de Rifles pede por 'agressão física contra jornalistas' nos EUA

Uma porta-voz da Associação Nacional de Rifles pediu publicamente que jornalistas e repórteres que apoiem o "senso comum pela regulamentação de armas dos EUA" sejam agredidos fisicamente e “reprimidos”.
Sputnik

Na esteira de outro ataque que deixou cinco funcionários em um jornal local mortos, a porta-voz da Associação Nacional de Rifles (RNA), Dana Loesch revelou estar encorajando a violência contra aqueles que trabalham na mídia.

Em um comunicado oficial da NRA em 2016, a porta-voz Loesch pediu o uso de táticas abertamente violentas — incluindo abuso físico — contra membros da imprensa que não concordam com a agenda da organização norte-americana que costuma fazer lobby pelo posse de armas no país.

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Pedindo que os jornalistas sejam reprimidos em um vídeo para a NRATV, Loesch classificou jornalistas que não concordam com as políticas da NRA como "patifes".

Vestindo uma roupa preta e ao som de uma música sinistra, Loesch entoa: "seu tempo está acabando. O relógio começa agora", antes de virar uma pequena ampulheta cheia de areia, uma ameaça aberta contra jornalistas.

Na esteira do tiroteio jornalístico em Maryland na semana passada, o ativista dos direitos civis e escritor Shaun King comentou que a porta-voz oficial da NRA estava ativamente pedindo que jornalistas fossem espancados e mortos. King observou que Loesch "nega, mas o registro é claro".

Loesch, que é associada ao site de extrema-direita Breitbart, negou fazer as declarações, acusando King de fabricar suas informações. O ativista, porém, respondeu às acusações com provas.

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