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Temer volta a rejeitar fechar a fronteira com a Venezuela em nova visita à Roraima

O presidente Michel Temer (MDB) disse nesta quinta-feira que o país não mede esforços para ajudar os refugiados venezuelanos que cruzam a fronteira e chegam ao Brasil fugindo da crise em seu país.
Sputnik

"Estamos recebendo milhares e milhares de refugiados venezuelanos que buscam uma vida melhor, e não poupamos esforços para construir condições físicas e jurídicas que permitam a solidariedade aos que fogem da crise humanitária", disse Temer, segundo seu relato sobre a crise humanitária postada no Twitter.

O presidente fez as declarações durante uma visita a um abrigo em Boa Vista, capital de Roraima, estado que recebe dezenas de milhares de venezuelanos há meses e está sobrecarregado pela pressão da imigração.

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Nesse sentido, Temer reiterou que a possibilidade de fechar a fronteira não está na mesa, como tem pedido desde abril passado a governadora Suely Campos, que por sua vez critica muito a gestão que o governo central está fazendo da crise migratória.

"Não podemos fechar a fronteira, isso seria inadequado, concordamos que a fronteira não pode ser fechada, mas não podemos abandonar a necessidade de Boa Vista, Roraima e todo o estado", destacou o presidente.

Atualmente, os abrigos de Roraima recebem 4.200 venezuelanos, mas segundo estimativas das autoridades daquele estado somente na capital, Boa Vista, seriam mais de 40 mil (muitos vivem ao ar livre) e todos os dias cruzam a fronteira entre 500 e 800.

Segundo Temer, o governo federal também está "atento" às necessidades dos brasileiros que moram em Roraima e, nesse sentido, anunciou a construção de um centro de radioterapia próximo ao hospital geral do estado, que deverá ser concluído em um ano.

Para tentar descongestionar essa região de fronteira, o governo também lançou um programa de "internalização" para redistribuir os imigrantes para outras áreas do país.

Até o momento, 527 venezuelanos foram transferidos pelo governo para as cidades de Manaus (AM), Cuiabá (MT) e São Paulo (SP).

Quando questionado sobre a lentidão do processo e o número relativamente baixo de venezuelanos que queriam participar, o presidente explicou que é um programa complexo porque a transferência é voluntária.

"A imagem que as pessoas têm da internalização é que você pega os venezuelanos, coloca-os em um ônibus ou em um avião e os libera em outro estado, isso não é feito, violaria precisamente os princípios humanitários", afirmou.

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Durante a sua segunda visita à Roraima para avaliar a crise migratória, o presidente visitou o abrigo de Nova Canãa, na capital Boa Vista, e um posto de identificação e recepção de imigrantes em Pacaraima, outra cidade e que fica na fronteira.

Esta localidade tem uma estrutura renovada onde os venezuelanos são registrados pela Polícia Federal e entram nas listas das Nações Unidas (ONU).

Além disso, lá eles são vacinados ou temporariamente isolados caso cheguem ao Brasil com doenças contagiosas e recebem orientação de técnicos do Ministério do Desenvolvimento Social do Brasil.

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