Ex-congressista dos EUA: foram Rússia e Assad que derrotaram terroristas na Síria

Os EUA estão interessados em que os terroristas nunca sejam derrotados, porque isso permite realizar uma guerra perpétua, afirmou o ex-congressista dos EUA Ron Paul em seu programa "Ron Paul Liberty Report".
Sputnik

Quem bombardeou o exército sírio?

Nas últimas duas semanas houve muitas ameaças por parte dos EUA em relação ao governo sírio, indicou Paul, lembrando que os EUA alertaram abertamente "não façam isso ou aquilo, ou terão problemas sérios".

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"Na verdade, estavam alertando para que não se metessem com nossos aliados: a Al-Qaeda", afirmou o político.

Segundo o político, o bombardeio do exército sírio de 18 de junho foi um desastre que suscita várias perguntes. "Não temos nada para fazer lá, eles defendem seu país e soberania", opinou.

Quem contribuiu mais para a derrota dos terroristas?

Paul assegurou que não há provas algumas de que os EUA fizeram algo contra o terrorismo. "Foram os russos e Assad [Bashar Assad, presidente sírio] que conduziram tudo à situação atual, em que estamos quase a livrar-nos de qualquer influência da Al-Qaeda", disse ele.

De fato, Ron Paul opinou que a maior ameaça para os EUA como nação é ficar em um estado de guerra permanente. Ele alertou que o governo dos EUA não quer que os terroristas sejam derrotados.

"É um monstro que justifica todas as ações militares e a necessidade de gastarmos mais e mais dinheiro em nossa segurança", acrescentou Paul", concluiu o ex-congressista.

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Rússia vs EUA na Síria 

O ex-congressista comparou os papéis da Rússia e dos EUA na Síria. Paul ressaltou que o governo norte-americano não tem autoridade para estar na Síria, porque o país está a quase dez mil quilômetros dos EUA e não representa nenhuma ameaça à segurança, Constituição ou liberdades norte-americanas.

Entretanto, ao contrário dos EUA que não foram convidados à Síria, a Rússia está lá em resultado de um pedido oficial. Além disso, a Rússia fica muito mais próximo da Síria e tem uma base militar lá.

"A verdadeira hipocrisia é a nossa justificação de estar ali para defender a nossa Constituição e liberdades, bem como para derrotar a ameaça da Al-Qaeda [e do Daesh, organização terrorista proibida na Rússia], mas não há provas nenhumas de termos feito alguma coisa. A Rússia está lutando contra a Al-Qaeda, mas esta informação não é divulgada ", comentou o político norte-americano.

Segundo ele, "é difícil" que a verdade chegue aos americanos porque a Rússia é sempre culpada.

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