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Década perdida? Brasil pode ter futuro ainda mais incerto na economia

Estudo realizado para a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (2020-2031), revela que o Brasil pode manter média de baixo crescimento entre 2021 e 2031.
Sputnik

O documento divulgado nesta segunda-feira (11), aponta que o ritmo de aumento da atividade econômica deve estacionar em 1,3% de crescimento do PIB após 2021 e permanecer assim durante a década inteira.

Segundo o estudo, a razão seria a manutenção do rombo nas contas públicas, que colocaria um risco permanente ao crescimento do país. 

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Com o consequente aumento da austeridade econômica, o déficit fiscal só seria solucionado em 2025.

O plano da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (2020-2031) é orientado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e tem, a partir de 2018, um plano de metas de 12 anos. O documento foi divulgado nesta segunda-feira (11) e permanecerá aberto para consulta pública até a sexta-feira (15).

Esse tipo de prognóstico marca uma mudança no tipo de planejamento, que sai de um padrão de curto prazo e passa a operar no médio e longo prazo, ao lado de um projeto que tramita no Congresso para manter esse planejamento mais longínquo.

O documento é baseado nos números apresentados na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, a LDO 2019, que aponta crescimento do PIB de 3,0% em 2019, 2,4% em 2020, e 2,3% em 2021.

Pessimismo é maior no mercado, diz Banco Central

Apesar dos números apontados na LDO 2019, com base em números de março, o boletim FOCUS, do Banco Central, aponta um cenário mais pessimista. 

Nas últimas 4 semanas, a previsão sobre o PIB de 2018 vem caindo. Se em maio o prognóstico era de 2,51%, o percentual diminuiu para 2,18% na semana passada e chegou a 1,94% no relatório divulgado nesta segunda-feira (11). Em 2017, a LDO acreditava que o país cresceria 2,5% esse ano.

Para 2019, no entanto, as previsões do Banco Central já não convergem com a prévia proposta na LDO 2019 para o PIB do ano que vem. Enquanto a lei apresenta previsão de 3% de crescimento, os especialistas ouvidos pelo Banco Central não acreditam que o crescimento passe de 2,8%. Essa foi a primeira semana em que o boletim apresentou variação negativa da previsão de crescimento do PIB no ano que vem.

Em 2016, o mesmo boletim do Banco Central apontava um crescimento de 2% do PIB no ano seguinte, que fechou o ano 1% de crescimento, próximo do número previsto pela LDO-2016

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