Holanda se recusa a responsabilizar Ucrânia pela queda do avião MH17

O parlamento da Holanda rejeitou a proposta de responsabilizar Kiev pela queda do avião MH17 da companhia Malaysia Airlines em 2014, informou o portal Ukraina.ru.
Sputnik

Deputados holandeses não aceitaram a iniciativa de Thierry Baudet, líder do partido do Fórum pela Democracia, que indicava que a Ucrânia deveria ter fechado o espaço aéreo sobre Donbass durante ações militares, segundo o portal.

Moscou: míssil que derrubou MH17 não podia ter partido do ponto indicado pela investigação
Ao mesmo tempo, os parlamentares apoiaram a decisão do governo de responsabilizar Moscou pelo acidente com o MH17.

Não é a primeira vez que a questão é abordada na Holanda. Na semana passada, ao discursar no parlamento, o chanceler do país Stef Blok não excluiu a culpa da Ucrânia pela tragédia, pois suas autoridades não tinham fechado o espaço aéreo sobre a zona de conflito. No entanto, o ministro sublinhou que não há provas legais suficientes para responsabilizar Kiev pelo acontecido.

Em 17 de julho de 2014, um Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines, que fazia o voo MH17 de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi atingido por um míssil quando sobrevoava a região de Donetsk, no leste da Ucrânia. A bordo da aeronave seguiam 298 pessoas, a maioria holandeses; não houve sobreviventes.

Kiev acusou a milícia de Donbass pela catástrofe, que negou as acusações, afirmando que as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk não dispunham de armas capazes de abater uma aeronave.

Embaixador: acusações contra Moscou sobre queda do MH17 são provocação planejada
Em 24 de maio, o Centro Comum de Investigação (JIT, em inglês) apresentou os resultados preliminares da segunda investigação da tragédia, segundo a qual o sistema Buk que derrubou o Boeing da Malásia veio das Forças Armadas da Rússia.

Moscou não reconheceu os resultados, argumentando que a equipe do JIT tinha ignorado dados e testemunhas da parte russa. O Kremlin acrescentou também que reconhecerá os resultados da investigação internacional somente se representantes da Rússia forem admitidos na participação da apuração. 

O ministro do Transporte da Malásia, Anthony Loke, também duvidou das acusações contra Moscou no caso da queda do MH17 por não terem provas verosímeis.

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