Mídia dramatiza impotência dos EUA diante das armas hipersônicas da Rússia

O mundo estaria enfrentando uma nova corrida armamentista nuclear e, segundo adverte um especialista norte-americano, sistemas de defesa antimíssil tradicionais seriam incapazes de repelir ataque.
Sputnik

Um "salto espetacular"; foi assim que o ex-conselheiro do Pentágono, Philip Coyle, descreveu o novo míssil hipersônico russo Kinzhal. Em um comentário ao jornal britânico Daily Star, o especialista em defesa antimíssil reconheceu que os EUA são impotentes contra novas armas hipersônicas russas.

De acordo com o artigo, a defesa antimíssil de países ocidentais "carece desesperadamente de preparo para enfrentar as ameaças dos mísseis de alta velocidade".

"Desenvolvida para interceptar mísseis balísticos, a defesa dos EUA não funciona contra mísseis de cruzeiro, mísseis hipersônicos ou drones submarinos capazes de transportar armas nucleares", afirmou Coyle ao jornal.

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A situação se agrava ainda mais, segundo o especialista, porque os sistemas de defesa contra mísseis balísticos estadunidense, instalados no Alasca e na Califórnia, têm uma "história de pouco sucesso: apenas 40% dos recentes testes de interceptação foram exitosos", acrescentou o ex-assessor do Pentágono que atualmente trabalha no Centro de Controle de Armas e Não-Proliferação, em Washington.

Ao mesmo tempo, Coyle advertiu que os mísseis hipersônicos, inclusive aqueles que transportam ogivas nucleares, "tornam obsoletos" os sistemas tradicionais de defesa antimíssil.

"A diferença dos mísseis hipersônicos é que eles se movem imprevisivelmente, o que os torna difíceis, mas não impossíveis, de interceptar", explicou Coyle.

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O jornal observa que no ano passado a China apresentou uma "bomba hipersônica aterrorizante" Dongfeng-41, capaz de voar a velocidades superiores a 12.000 km/h.

Além disso, a mídia ressalta que a Rússia mostrou seu novo míssil hipersônico Kinzhal em março deste ano, capaz de atingir velocidade 10 vezes maior do que a do som. Coyle se referiu ao avanço da Rússia como "salto espetacular". No entanto, ele acrescentou que o fato de ser lançado de um avião significa que seu alcance poderia ser limitado.

Embora o artigo do jornal britânico esteja cheio de epítetos assustadores, as autoridades russas declararam inúmeras vezes que as novas armas da Rússia não representam ameaça aos países que não planejam atacá-la primeiro e que a doutrina militar do país possui carácter exclusivamente defensivo.

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