Senadores russos alertam para interferência externa na Copa e nas eleições em Moscou

A Comissão Superior da Câmara para a Proteção da Soberania do Estado alertou sobre as tentativas externas de influenciar os próximos eventos na Rússia, como a Copa do Mundo de 2018, que começa em junho, ou as eleições para prefeito de Moscou.
Sputnik

"É importante intensificar o monitoramento de eventos e o uso de provocações anti-russas durante a Copa do Mundo de 2018 e as tentativas de interferir nas eleições regionais de setembro, especialmente em Moscou", expõe o relatório divulgado pela comissão nesta quarta-feira.

Os senadores russos acrescentaram que pretendem examinar detalhadamente vários aspectos econômicos e tecnológicos da proteção da soberania do Estado em conferências fechadas e abertas, com a participação de representantes de vários ministérios e especialistas do setor.

Eles disseram que pretendiam prestar atenção especial aos planos que incluem influência destrutiva sobre a geração mais jovem, incluindo cidadãos menores de idade da Federação Russa. Além disso, a comissão examinará os riscos relacionados ao uso da agenda ambiental para instigar protestos e infligir danos à economia russa.

Putin: Rússia não incentiva e não faz interferência em eleições de outros Estados

Os senadores também prometeram que em breve começarão a liberar partes do Livro Negro — a lista de incidentes relativamente recentes em que os Estados Unidos e seus aliados interferiram nos assuntos internos de nações soberanas.

No mesmo relatório, os senadores revelaram 10 tipos principais de tentativas de interferir nas eleições presidenciais russas que ocorreram em março deste ano. Estas incluíram pesquisas sociológicas fechadas realizadas no interesse de nações estrangeiras e financiadas por fontes externas que incluem o Pentágono, tentativas de impor candidatos presidenciais específicos ao público russo, e propaganda em larga escala visando a interrupção do procedimento eleitoral.

Os senadores russos criaram a Comissão para a Proteção da Soberania Nacional há cerca de um ano e descreveram as principais tarefas do organismo como tentativas de monitoramento de outras nações para influenciar a política russa interna e também prevenir e combater essas tentativas. A medida teria sido motivada pelas reuniões do presidente russo Vladimir Putin com os líderes da Alemanha e da França em 2017.

Nas conversações, Putin disse que a Rússia não se intrometeu na política interna de outras nações, mas que sua própria situação interna continua sendo alvo de interferência externa ativa. Desde sua fundação, a comissão desenvolveu uma definição legal de interferência externa nos assuntos russos, e divulgou um relatório no qual listou mais de 100 casos de interferência dos EUA nos assuntos internos de outras nações desde o final da Segunda Guerra Mundial.

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