'Não pode entrar': jornalista do RT é proibido de entrar na coletiva em França (VÍDEO)

Um jornalista do RT França foi privado de acesso ao Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente francês, por um policial, apesar de apresentar seu cartão de imprensa, sob pretexto de "trabalhar para o Russia Today".
Sputnik

"Você trabalha para o RT, não pode entrar", explicou o policial.

Ontem (29), ao tentar entrar no edifício para assistir à conferência internacional sobre a Líbia, ao repórter do RT, Kirill Kotikov, foi recusado acesso ao palácio presidencial.

Tinha, no entanto, seu cartão de imprensa, como foi solicitado por Marion Beyret, a chefe de comunicação com a imprensa do Eliseu, sendo que tinham falado ao telefone no dia anterior. Contudo, após ser bloqueado logo na entrada do palácio presidencial, ele não conseguiu cobrir o evento.

A um de seus colegas da BBC, que estava com ele também com seu cartão de imprensa, foi permitido entrar. A explicação dada pelo Elizeu foi a seguinte: os jornalistas que trabalham para o RT França não são bem-vindos, de acordo com o próprio presidente da República.

A gravação, inteiramente gravada pelo próprio repórter, mostra que, depois de se recusar a se encontrar com ele, referindo falta de tempo, a responsável pelo credenciamento do Eliseu informou, por meio de um policial, que havia um "ponto final".

"O presidente foi claro sobre isso", disse o policial. "Como é o RT, ou que você trabalha para o RT, você não pode voltar a entrar", adiantou.

"É por esta razão que a senhora descarta a discussão," continuou, explicando assim o silêncio por parte de Marion Beyret.

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"Desde quando um presidente pode decidir quem é jornalista e quem não é?", se perguntou o correspondente no ar do RT hoje (30).

Este já não é o primeiro caso semelhante ultimamente. Em janeiro, a um jornalista do mesmo canal não foi permitido entrar no Eliseu para assistir à coletiva de imprensa de Emmanuel Macron. Já um ano atrás, os correspondentes do RT e Sputnik França não conseguiram entrar na sede eleitoral do político durante o segundo turno das presidenciais.

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