Graças aos Kalibr russos, Mediterrâneo já não é um 'lago' da OTAN, afirma jornalista

O mar Mediterrâneo deixou de ser um "lago" da OTAN dominado por navios da 6ª Frota dos Estados Unidos assim que a Rússia equipou os seus navios e submarinos com mísseis Kalibr, escreve o editor-chefe da revista Contra Magazin, Marco Maier.
Sputnik

O jornalista destaca no seu artigo publicado na Contra Magazin que a constante presença militar de navios russos no mar Mediterrâneo tem uma explicação racional: para a Frota russa do Mar Negro, este mar é a única saída para o oceano.

"Como qualquer grande potência, a Rússia tem seus próprios interesses nesta região [Mediterrâneo] e possui uma frota muito poderosa, constantemente usada para protegê-los […]. Moscou deve neutralizar a atividade agressiva da OTAN no mar Negro. A presença militar em grande escala no Mediterrâneo é o melhor meio de proteger as fronteiras do mar Negro ", sublinha o autor do artigo.

Para que Rússia recupera sua força naval no Mediterrâneo?
No fim de julho de 2017, a Rússia criou um grupo operacional baseado na cidade síria de Tartus. Este grupo funciona como uma espécie de freio que a Marinha russa pode usar contra o flanco sul da OTAN.

Atualmente, todo o Sul da Europa, que conta com bases da OTAN na Itália, Grécia, Bulgária e Turquia, está na zona de alcance dos mísseis Kalibr.

Maier opina que, no caso de um possível conflito, o primeiro lançamento desses mísseis será efetuado precisamente a partir dos navios russos posicionados no mar Mediterrâneo. Segundo o jornalista, a Rússia dá um passo lógico para manter sua presença permanente neste canto do mundo.

Comentar