Política alemã apela à Europa para pôr fim à 'era do gelo' nas relações com Moscou

A reaproximação com a Rússia é do interesse da Europa porque esse passo garantiria a segurança e ajudaria a alcançar o desarmamento, disse Sahra Wagenknecht, colíder do partido alemão A Esquerda (Die Linke).
Sputnik

A política também apelou para se pôr fim à "era do gelo nas relações com Moscou".

"As sanções prejudicam principalmente as empresas europeias e alemãs, por isso sua abolição é do nosso interesse", disse ela à edição Neue Osnabrücker Zeitung.

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Ao mesmo tempo, Wagenknecht sublinhou que a Alemanha deve continuar criticando a reunificação da Crimeia com a Rússia, bem como as ações de Moscou na Síria.

"Mas se as críticas vêm de países que estão fazendo guerras que violam o direito internacional, isso é uma grande hipocrisia", declarou ela.

Wagenknecht revelou que os EUA gastaram cinco bilhões de dólares (R$ 18,7 bilhões) para "derrubar o governo pró-russo na Ucrânia".

"Entretanto, o país ainda quer aderir à OTAN. Todos sabiam que a Rússia não iria esperar até que a base militar na Crimeia ficasse no território da OTAN", afirmou a política.

Wagenknecht disse que hoje os gastos militares da Alemanha são os maiores desde a Guerra Fria. Segundo ela, o aumento do orçamento militar está relacionado não à defesa do país, mas à necessidade de realizar operações no estrangeiro.

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"Quando participamos de guerras pelo petróleo e gás que violam o direito internacional, pomos a Alemanha no perigo", acrescentou ela.

Na sexta-feira, 18 de maio, a chanceler alemã Angela Merkel chegou a Sochi para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. Segundo o presidente russo, as conversações foram substanciais e significativas. A chanceler alemã, por sua vez, declarou que as boas relações com a Rússia correspondem aos interesses estratégicos da Alemanha.

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