Esposa de Vyshinsky revela detalhes sobre detenção e estado do marido na prisão

Irina Vyshinskaya, esposa do chefe da agência de notícias RIA Novosti na Ucrânia, Kirill Vyshinsky, preso na Ucrânia, revelou em entrevista à Sputnik por satélite detalhes sobre sua detenção, bem como sobre a permanência dele na prisão.
Sputnik

De acordo com Irina Vyshinskaya, os efetivos do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) não recorreram à violência na hora de deter seu marido. Além disso, Vyshinskaya confirmou que não recebeu ameaças do lado ucraniano.

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"Não recebi ameaças […] tampouco recebi intimação para comparecer no tribunal", afirmou Vyshinskaya durante a entrevista, acrescentando que os representantes da mídia ucraniana não tentaram entrar em contato com ela.

Contudo, de acordo com a mulher, as autoridades ucranianas proibiram Kirill Vyshinsky de comunicar com os familiares, mesmo por telefone.

"Infelizmente, ontem conversei com o advogado do marido, no momento não posso comunicar com ele, nem o ver", explicou Irina, adicionando que todos os contatos com seu marido ela está efetuando através do advogado. Entretanto, as autoridades ucranianas não justificaram essas limitações.

Mesmo que, segundo Vyshinskaya, as condições da prisão sejam boas, seu marido precisa de observação médica constante.

"De acordo com o advogado, eu sei que Kirill foi examinado pelos médicos. Ele dispõe dos medicamentos necessários, que lhe entregaram. Como prometeu o advogado, Kirill tem sido observado por médicos […] Não posso dizer que seja algo muito perigoso, contudo a vigilância médica deve ser efetuada constantemente", explicou.

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Em 15 de maio, agentes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) invadiram o escritório onde trabalham os correspondentes da RIA Novosti Ucrânia na capital do país, tendo realizado buscas que duraram cerca de oito horas. No mesmo dia se tornou público que em Kiev foi detido o editor-chefe do portal, Kirill Vyshinsky.

Na quinta-feira (18), foi comunicado que o tribunal ucraniano de Kherson decretou a prisão por 60 dias do jornalista.

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