Turquia pede que Estados muçulmanos revejam laços com Israel em meio à violência em Gaza

A Turquia condenou firmemente a violência que acompanha as manifestações palestinas na fronteira com Israel, protestando contra a transferência da embaixada norte-americana a Jerusalém. De acordo com os últimos dados, o número de palestinos mortos já chegou a 59.
Sputnik

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, apelou para que os Estados muçulmanos revissem suas relações com Israel em meio aos eventos na Faixa de Gaza.

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Como ao menos 59 manifestantes palestinos foram mortos, enquanto milhares ficaram feridos nesta segunda-feira (15), Ancara resolveu chamar seus embaixadores para os EUA e Israel e convocar em seguida uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também qualificou Israel como "Estado terrorista", descrevendo suas ações contra palestinos como "genocídio".

A indignação maciça dos palestinos é provocada pela transferência da embaixada dos EUA a Jerusalém, cuja inauguração ocorreu nesta segunda-feira (14), no 70º aniversário de Israel como um Estado. Donald Trump, presidente norte-americano, anunciou sobre a transferência ainda em dezembro, provocando protestos em massa e a desaprovação dos países muçulmanos, bem como dos países que apoiam a resolução pacífica do conflito palestino-israelense.

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No mesmo dia, Ancara condenou o que descreveu como uma decisão "legalmente nula e sem vigor" do governo dos EUA, frisando que o país "violou a lei internacional e todas as resoluções da ONU".

Depois dos EUA terem bloqueado a resolução no Conselho de Segurança quanto à condenação da transferência da embaixada à cidade sagrada, a Turquia levou o documento à Assembleia Geral da ONU, que foi aprovado com 128 votos a favor, enquanto 9 países votaram contra e 35 optaram pela abstenção. A resolução pedia para os integrantes da ONU evitassem estabelecer missões diplomáticas em Jerusalém, sendo este o objetivo da disputa entre os palestinos e israelenses há várias décadas.

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