Assessor de Khamenei: Teerã não recuará diante da pressão dos EUA

A decisão do presidente dos EUA Donald Trump de abandonar o acordo nuclear iraniano causou preocupações sérias em ambos os lados do Atlântico.
Sputnik

Os EUA serão os mais afetados pela sua decisão de deixar o acordo nuclear com Teerã, declarou Ali Akbar Velayati, conselheiro sênior do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei.

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Velayati acrescentou que, ao decidir rasgar o acordo histórico, os EUA desrespeitaram os regulamentos internacionais, bem como os outros membros do Grupo 5+1 (EUA, Rússia, Reino Unido, França, Alemanha, China) e que o mundo já não pode confiar em Washington. 

"A República Islâmica do Irã protege plenamente a sua independência e não recuará de forma alguma diante da pressão [dos EUA]. Nós provamos isso nos últimos 40 anos", declarou ele.

Ele também alertou os países europeus para não fazerem cedências à política de Washington em relação ao acordo nuclear, algo que, segundo Velayati, afetará a reputação europeia em vez dos interesses do Irã.

"A República Islâmica do Irã é capaz de resistir contra a violação [do acordo nuclear] por parte dos norte-americanos e aumentará a sua presença regional diariamente", sublinhou o assessor.

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O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), assinado em 2015 entre o Irã e Grupo 5+1 (EUA, Rússia, Reino Unido, França, Alemanha, China) e considerado histórico, limitou o programa nuclear de Teerã em troca do levantamento das sanções internacionais. Posteriormente, o presidente dos EUA criticou repetidamente o JCPOA, qualificando-o como o pior acordo da história dos EUA, e ameaçou abandonar o JCPOA caso ele não fosse "corrigido".

Na terça-feira (8), Trump anunciou a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã, acusando Teerã de violar os termos do acordo.

O líder americano ordenou imediatamente a reintrodução das sanções contra o país, que abrangerão áreas de importância crítica da economia iraniana, incluindo a energia e o setor financeiro.

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