EUA deixam acordo iraniano e preço do petróleo dispara

O preço do petróleo disparou e atingiu seu maior nível em três anos, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a retirada do acordo nuclear com o Irã.
Sputnik

Foram suficientes somente 12 horas para o preço do petróleo subir. "Horrível e desigual" têm sido os atributos que Trump usou para o acordo nuclear e justificar assim rompimento do seu país com os compromissos assumidos no âmbito do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), informou Financial Times.

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Durante as primeiras horas desta terça-feira, em Londres, o barril de Brent, usado como referência para a compra de petróleo bruto em todo o mundo, subiu 3,1% para chegar aos 77,20 dólares, enquanto o preço do petróleo WTI, referência nos EUA, subiu de forma semelhante até o valor de 70,93 dólares.

As sanções do Tesouro dos EUA contra o Irã entrarão em vigor no mês de novembro de 2018.

"Os Estados Unidos continuarão seus esforços para reduzir as compras de petróleo bruto iraniano", informou o Tesouro dos EUA, que também confirmou a intenção de restabelecer as sanções contra o país muçulmano.

O Ministério da Energia, Indústria e Recursos Minerais da Arábia Saudita prometeu realizar todo o esforço possível para manter a estabilidade nos mercados de petróleo após a decisão de Trump, enquanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP, disse que fará o mesmo, reequilibrando o mercado e voltando a investir na indústria do petróleo.

O Irã é um dos maiores exportadores mundiais de petróleo com reservas brutas de pelo menos 157 bilhões de barris, segundo a própria OPEP. A saída dos EUA do acordo nuclear iraniano deve provocar novas sanções contra o setor petrolífero do país oriental e, em consequência, a escassez de petróleo nos mercados mundiais.

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