Revelados detalhes sobre próxima reunião entre Putin e Netanyahu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu próximo encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, tem um significado especial em meio às tentativas cada vez maiores do Irã de se estabelecer na Síria e instalar lá armamentos.
Sputnik

Nas vésperas da sua visita a Moscou, agendada para 9 de maio, o chefe do governo israelense voltou a dizer que Israel não suportará a presença militar iraniana nas suas fronteiras do norte mesmo caso isso leve a ações militares. Adianta-se que o premiê israelense também assistirá à 73ª Parada da Vitória na Praça Vermelha.

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"Os encontros com o presidente russo são sempre de grande importância para a segurança de Israel do ponto de vista da coordenação entre os exércitos israelense e russo… Mas o encontro desta semana vai ter um significado especial em meio às tentativas cada vez maiores do Irã de se estabelecer na Síria, um passo dirigido contra Israel", disse Netanyahu neste domingo (6) durante uma reunião dos ministros.

O político assegura que, ao longo dos últimos meses, o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica tem enviado à Síria modernas armas defensivas e ofensivas, inclusive drones de ataque, sistemas de defesa antiaérea e mísseis da classe ar-ar.

"Estamos prontos a impedir a agressão iraniana contra nós, mesmo que isso signifique um conflito. É melhor ser agora que tarde demais. Os países que não estão dispostos a agir na hora terão que pagar caro", disse Netanyahu. Ele acrescentou que Israel não busca uma escalada, mas está "pronto para qualquer cenário".

Israel considera a situação no país vizinho, a Síria, (onde Tel Aviv busca impedir o aumento do peso iraniano e alcançar o mesmo entendimento da situação por parte de Moscou), como um tema central na agenda bilateral com a Rússia e um fator central da sua ampliação nos últimos anos.

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Esta é já a segunda visita de Netanyahu à capital russa desde o início do ano. Desta vez, ela decorrerá em plena discussão sobre a necessidade de endurecer o acordo nuclear com o Irã ou anulá-lo, caso a revisão promovida por Israel e EUA seja impossível.

A administração do premiê israelense afirma que a reunião com Putin foi acordada na segunda-feira (30) durante uma conversa telefônica dos dois líderes, logo após Netanyahu comunicar que a inteligência do país tinha encontrado 100 mil documentos que provam a existência de um programa nuclear clandestino no Irã.

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