F-35 e mais: por que metade das encomendas militares chega à Noruega com anos de atraso?

O atraso nas remessas do equipamento poderia potencialmente durar anos, o que pode minar ainda mais a segurança do país em um período difícil para as Forças Armadas da Noruega.
Sputnik

As dificuldades têm a ver com as grandes reformas envolvendo a troca antecipada para caças norte-americanos F-35, que, como se supõe, serão o novo pilar do exército norueguês.

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Quase metade dos projetos de investimento da defesa norueguesa acaba por ser adiada, segundo revela o novo relatório do Instituto da Defesa da Noruega (FFI, na sigla em inglês). "Otimizando tempo" é uma das razões possíveis deste fenômeno.

Atualmente, as Forças Armadas da Noruega estão à espera de um número de novos sistemas, incluindo tanques, aeronaves de vigilância, artilharia e helicópteros. De acordo com o relatório do FFI, muitos projetos levam mais tempo do que se espera, com atrasos não de meses, mas de anos.

"Somente cinco em dez projetos de fato são concluídos no prazo previsto. O período de realização mais comum não é de dois ou quatro anos conforme planejado, mas de quatro a seis anos", assinala o relatório.

Enquanto as causas do adiamento muitas vezes não são controladas pelas Forças Armadas da Noruega, os atrasos podem, no entanto, causar uma brecha séria nas capacidades de combate do país.

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A investigadora sênior, Ane Ofstad Presterud, coautora do estudo, opina que os atrasos podem ser sérios para as Forças Armadas do país. Em alguns casos, o equipamento pode já se tornar obsoleto mesmo antes de entrar em serviço. Como consequência, as Forças Armadas são incapazes de receber o novo material quando na verdade precisam dele, informa o site Aldri Mer.

Presterud ressalta que os projetos pequenos tendem a ser adiados mais. Outra revelação é que os projetos no âmbito da infraestrutura de informação e sistemas baseados em solo têm mais atrasos do que os da Marinha e da Defesa Aérea. O exemplo mais notável são os helicópteros noruegueses 14 NH-90 encomendados para a Guarda Costeira da Marinha em 2001. Além do incumprimento do acordo, os problemas sérios em termos de fraco desempenho foram revelados, o que gerou rumores sobre a parte norueguesa rescindir o contrato completamente.

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Outra conclusão importante estipula que os projetos de desenvolvimento, tais como o de F-35 a que a Noruega tem contribuído muito e que deve reforçar as capacidades militares do país, são mais "perigosos" em termos de possíveis atrasos já que se opõem aos projetos já existentes, mas que somente precisam de uma adaptação.

Além do mais, a investigadora sublinha que os projetos conjuntos, envolvendo áreas tais como logística, podem sofrer com adiamentos. Mas ela espera que no futuro este problema seja diminuído, já que mais atenção é dedicada à eliminação do tempo de espera de compras de material.

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