EUA confirmam linha estratégica de 'desmembramento da Síria', diz analista

Os EUA declararam que não querem restaurar as regiões na Síria que estão sob o controle de Damasco. O especialista Vladimir Fitin explica na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik o que busca Washington.
Sputnik

Os EUA não querem ajudar na reconstrução das regiões na Síria que ficam sob o controle do presidente sírio Bashar Assad, declarou um alto funcionário dos EUA após o primeiro dia do encontro dos ministros das Relações Exteriores do G7.

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Em janeiro, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que Washington não iria ajudar a Rússia, o Irã e Damasco oficial na restauração do país, enquanto a "transformação política" da Síria não se realizasse. Segundo declarou o assistente adjunto do secretário de Estado dos EUA para o Médio Oriente, David Satterfield, a condição da ajuda é a reforma constitucional e eleições sob os auspícios da ONU.

O analista do Instituto dos Estudos Estratégicos da Rússia, Vladimir Fitin, na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik comentou a declaração do Departamento de Estado.

"Isto confirma a linha estratégica dos EUA rumo ao desmembramento da Síria, para impedir que um governo amigo da Rússia se mantenha no poder. Assim, faz-se tudo para dificultar a transição para uma regularização pacífica e, consequentemente, para a reconstrução do país", afirmou ele.

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O analista acrescentou que os norte-americanos dizem claramente que, se eles usarem algum dinheiro, será dinheiro das monarquias da península Arábica, mas não o norte-americano, e será gasto somente para restaurar aquelas regiões que estão sob o seu controle e influência.

"Na maioria das regiões da Síria controladas pelo governo de Assad, os norte-americanos, claro, vão fazer tudo para impedir a restauração e a organização lá de uma vida normal", concluiu Fitin.

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