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Consequências de vazamento de mineroduto em MG poderiam ser ainda piores, diz especialista

A Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 10 milhões da empresa Anglo American pelo vazamento de minério em um trecho do mineroduto Minas-Rio na semana passada em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata mineira.
Sputnik

Além da multa, a Anglo American também deverá realizar uma auditoria ambiental independente e emitir em 120 dias um parecer informando os níveis de poluição e degradação ambiental na área do Córrego Santo Antônio.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o engenheiro ambiental e professor da UERJ, David Zee, disse que as consequências do vazamento poderiam ser muito piores, caso a empresa demorasse mais tempo para fazer o monitoramento.

"O vazamento demorou 45 minutos, isso quer dizer que o sistema de monitoramento foi bastante rápido e estancaram o vazamento em menos de uma hora. Imagina só se tivesse vazado por mais horas ou dias?", questionou.

Mesmo assim, o engenheiro ambiental comentou que o vazamento, mesmo que por pouco tempo, pode trazer consequências graves para o meio ambiente

"Na hora que esse minério de ferro entra em contato com a água, ele começa a se dissolver e aí causa um problema muito sério. A primeira coisa é a perda da transparência da água. A perda da transparência faz com que haja menor entrada de luz solar na camada de água e há muitos organismos que dependem da luz solar para sobreviver", disse.

"Outra questão é não apenas a perda de transparência, a turgidez, mas também a quantidade de material em suspensão. É um material estranho ao meio e isso pode causar até o entupimento das guelras dos peixes, chegando a matar os animais", completou David Zee.

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