Ismenia Patera tem diâmetro de 75 quilômetros e profundidade de 1.750 metros. É uma das numerosas depressões que ocupam a superfície desta região do Hemisfério Norte marciano. No entanto, seu tamanho supera o da maioria das crateras em Marte.
Vale a pena destacar que Ismenia Patera apresenta dois níveis de depressões, algo fora do comum em quedas de meteoritos.
Por esta razão, astrônomos acreditam mais e mais que um supervulcão entrou em erupção, formando o buraco. Não obstante, as duas depressões irregulares da cratera poderiam ter sido frutos de duas erupções diferentes.
As imagens que a ESA conseguiu tirar na região marciana em questão mostram a misteriosa cratera em todo o seu esplendor e podem finalmente dissipar as dúvidas que até o momento rodeiam a origem da depressão. Agora a teoria mais provável é que um supervulcão teria lançado quantidades enormes de cinzas e de lava há mais de 3.000 milhões de anos. Isso, por sua vez, contribuiu para surgimento da cratera.
Alguns desses supervulcões — como aquele que poderia ter descansado em Ismenia Pater — poderiam ter sido causadores da mudança climática no Planeta Vermelho, assegurou Jacob Bleacher, investigador do Centro de voo espacial Goddard da NASA (EUA).
Supervulcão refere-se a um vulcão que produz os maiores tipos de erupções; são vulcões com potencial de gerar catástrofes globais. Análises geológicas demonstraram que supervulcões formam grandes caldeiras, que após a explosão se parecem mais com crateras; ao contrário dos vulcões comuns que possuem normalmente domo em forma de cone.