Rússia e EUA devem parar de usa o 'veto' um contra o outro na ONU, diz líder britânico

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista da oposição no Reino Unido, afirmou nesta sexta-feira (13) que Moscou e Washington deveriam parar de usar o poder de veto para barrar os projetos de resolução um do outro durante as reuniões do Conselho de Segurança da ONU para superar o impasse na crise síria.
Sputnik

Durante a sessão de terça-feira (10), o Conselho de Segurança não adotou nenhuma das duas resoluções elaboradas pelos russos e também outra redigida pelos EUA, que pediam uma investigação sobre o ataque de armas químicas ocorrido no sábado (7) contra civis na cidade síria de Douma, na Síria. Essa situação ocorreu apenas porque os diplomatas da Rússia e dos Estados Unidos estavam usando seus poderes de veto para bloquear os projetos.

"Eu diria com muita veemência à Rússia e aos EUA: 'Parem de bloquear as resoluções um do outro'. Talvez uma resolução endossada pelos britânicos sobre isso seria uma maneira útil de avançar?", afirmou Corbyn em uma entrevista com a emissora Sky News.

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O político pediu para que se faça todo o possível para evitar o bombardeio na Síria, porque isso levaria a uma escalada da situação no país do Oriente Médio, causando mais mortes de civis e caos.

"A escalada da guerra não é do interesse de ninguém", enfatizou Corbyn.

Na noite da quinta-feira (12), a primeira-ministra britânica Theresa May realizou uma reunião com seu gabinete sobre as medidas do Reino Unido em resposta ao suposto uso de armas químicas na Síria. Após a reunião, o porta-voz de May disse que o gabinete concordou em tomar medidas para aliviar a situação humanitária na Síria.

Corbyn disse à Sky News, que por esse atitute, May estava "esperando pelo [presidente dos EUA] Donald Trump".

O líder trabalhista também sugeriu que a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) deveria receber uma indicação mais forte para investigar o culpado de novos ataques químicos.

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Desde que os relatos sobre o uso de armas químicas na Síria surgiram no sábado (7), a possibilidade de um ataque militar à Síria foi discutida pelos Estados Unidos e seus parceiros, particularmente a França e o Reino Unido.

Damasco, que negou firmemente as alegações sobre o envolvimento das forças do governo sírio no incidente em Douma, convidou os especialistas da OPAQ a visitar a Síria e investigar o suposto ataque químico. Na quinta-feira (12), uma fonte síria disse à Sputnik que os especialistas da OPAQ chegariam a Damasco nesta sexta-feira (13) para estudar o suposto incidente.

A imprensa do Reino Unido divulgou na quarta-feira (11), citando fontes do governo, que May estava considerando autorizar o envolvimento de Londres em uma ação militar na Síria sem buscar a aprovação do Parlamento.

Corbyn vem criticando tal posição, observando a necessidade de realizar debates parlamentares sobre o assunto.

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