Antes de atacar a Síria, 'é vital' consultar o Parlamento, diz líder trabalhista britânico

O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, ressaltou nesta quinta-feira (12) a necessidade de realizar debates parlamentares sobre a possível participação de Londres em uma ação militar contra a Síria devido a um suposto ataque de armas químicas ocorrido no fim de semana.
Sputnik

Na quarta-feira (11), a BBC informou, citando fontes do governo do Reino Unido, que a primeira-ministra britânica Theresa May considera a autorização do envolvimento de Londres em uma ação militar na Síria sem pedir a aprovação do parlamento.

Nesse mesmo dia, Corbyn supostamente exigiu que fosse realizada uma votação parlamentar sobre o assunto. Espera-se que May realize uma reunião de gabinete sobre a questão no final do dia.

​"É vital que o parlamento tenha a chance de debater e decidir antecipadamente sobre quaisquer propostas do governo para apoiar uma nova intervenção militar liderada pelos EUA na Síria, que arrisca uma perigosa escalada do conflito", disse Corbyn no Twitter.

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Acusações sobre o suposto ataque na cidade síria de Douma surgiram no sábado (7). A União Europeia e os Estados Unidos correram para culpar as forças do governo sírio pelo incidente, mas Damasco refutou as acusações. O presidente dos EUA, Donald Trump, o líder francês Emmanuel Macron e Theresa May concordaram na terça-feira (10) que a comunidade internacional precisa responder ao suposto ataque com armas químicas.

Moscou pediu uma investigação completa sobre o suposto ataque antes que qualquer conclusão seja feita.

No Reino Unido, a decisão de utilizar as forças armadas em situações de conflito armado ou em caso de declaração de guerra é autorizada pelo primeiro-ministro, em nome da Coroa, sem a obrigação de aprovação parlamentar.

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