Pentágono não tem evidência sobre ataque químico em Douma, diz Mattis

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, disse ao Congresso nesta terça-feira que os militares não têm provas de que cloro ou sarin foram usados em um suposto ataque químico na cidade síria de Douma.
Sputnik

O militar acrescentou que a única prova que o Pentágono possui que tal incidente ocorreu veio por meio de informações da imprensa e das redes sociais.

"Houve vários desses ataques. Em muitos casos, você sabe que não temos tropas, não estamos engajados no local, então não posso lhe dizer que tivemos provas, apesar de termos muitos meios de comunicação e de mídia social falando do uso de cloro ou sarin”, disse Mattis, falando aos membros do Comitê de Serviços Armados da Câmara.

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O secretário de Defesa disse acreditar que houve um ataque químico, mas que os EUA ainda estavam "procurando as evidências reais".

"Ainda estamos avaliando a inteligência, nós mesmos e nossos aliados. Ainda estamos trabalhando nisso", ele reiterou.

Advertindo que ele estava preocupado que um ataque militar dos EUA poderia levar a uma escalada "fora de controle" na guerra da Síria, Mattis disse que Washington estava "comprometido em acabar com a guerra através do processo de Genebra através do esforço orquestrado da ONU".

Nenhuma decisão ainda

De acordo com o secretário Mattis, o presidente Donald Trump ainda não decidiu se deve ou não lançar um ataque. "Ainda não tomamos nenhuma decisão de lançar ataques militares na Síria", afirmou.

"Não quero falar sobre um ataque específico que ainda não está em andamento, sabendo que isso seria pré-decisório. Novamente, o presidente não tomou essa decisão", acrescentou.

Nenhuma aprovação do Congresso é necessária

Mattis disse que discutiria as opções da Síria em uma reunião do Conselho de Segurança Nacional na quinta-feira e prometeu manter os legisladores informados se o Pentágono decidir entrar em greve. Ele acrescentou, no entanto, que a Casa Branca tem autoridade para realizar greves sem buscar a aprovação do Congresso.

Perguntado se os EUA estavam prontos para tal ataque, Mattis respondeu que "estamos prontos para fornecer opções militares se elas forem apropriadas, como o presidente determinou".

Enfatizando que o uso de armas químicas era "simplesmente indesculpável", o secretário de Defesa também acusou Moscou de cumplicidade na suposta retenção de um estoque de armas químicas na Síria.

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Reportagens da mídia síria na semana passada sobre um ataque de forças do governo envolvendo armas químicas levaram os EUA e seus aliados a culpar Damasco e iniciar os preparativos para uma possível resposta militar. O governo sírio negou a responsabilidade. O Centro Russo de Reconciliação enviou inspetores à Douma, não encontrando nenhum rastro de uso de armas químicas. Moscou pediu uma investigação independente sobre o assunto.

A Síria destruiu seu estoque de armas químicas em 2013, em um acordo mediado pela Rússia e pelos Estados Unidos em troca do acordo deste de não atacar o país do Oriente Médio. Em 2014, a Organização para a Proibição de Armas Químicas confirmou que o arsenal de produtos químicos da Síria havia sido eliminado.

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