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Lula diz que irá se entregar

Em pronunciamento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo, Lula anunciou que irá se entregar às autoridades para cumprir sua prisão.
Sputnik

"Eu não estou escondido, eu vou lá na barba deles, para eles saberem que eu não tenho medo, que não vou correr e para saberem que eu vou provar a minha inocência", afirmou o petista.

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O ex-presidente participou de missa em homenagem à sua esposa falecida, Marisa Letícia e rememorou seu tempo enquanto sindicalista. Lula afirmou que a democracia brasileira ganhou com as greves  do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC durante a ditadura militar. 

"Aqui foi minha escola, aprendi sociologia, economia, física, química, e aprendi a fazer muita política."

O petista defendeu a Lava Jato e a prisão de poderosos, mas afirmou que seu processo foi politizado pelo judiciário com o apoio da mídia. Ele afirmou que a revista Veja e a Rede Globo vão ter "orgasmos múltiplos" com a foto de sua prisão.

"Eu disse pro Moro: ‘você não tem condições de me absolver porque a Globo quer que você me condene, e você vai me condenar'".

Lula disse que juízes e promotores não podem julgar de acordo com a opinião pública. Mas caso queiram agir desta maneira, precisam deixar a toga e entrar para a política. "Escolha um partido político e vá ser candidato", disse.

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O ex-presidente afirmou que poderia ter buscado exílio político nas embaixadas de Bolívia, Uruguai ou Rússia, mas preferiu não fazê-lo e seguir no Brasil.

Lula disse que irá se entregar para provar sua inocência. Também previu que quanto mais tempo ficar detido, "mais Lulas vão nascer nesse país".

"Eu não pararei porque eu não sou mais um ser humano, eu sou uma ideia, uma ideia misturada com a ideia de vocês."

Cercado por políticos e sindicalistas, Lula cumprimentou diversas lideranças como Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Guilherme Boulos e Manuela d'Ávila.

Ao fim de seu pronunciamento, Lula foi carregado pela multidão ao som de "Apesar de você", de Chico Buarque.

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