MRI britânico nega que agente nervoso é 'definitivamente' russo, contrariando chanceler

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido reconheceu ter apagado um tweet de sua página oficial em que afirmou anteriormente que a substância tóxica que envenenou Sergei Skripal e sua filha foi fabricada na Rússia, noticiou nesta quarta-feira (4) o canal Sky News, citando um representante do ministério britânico.
Sputnik

Segundo o canal, o ministério confirmou ter apagado de sua página oficial um tweet publicado no dia 22 de março, em que afirmou que os cientistas do laboratório militar Porton Down haviam estabelecido que o agente nervoso A-234 (também conhecido como Novichok) foi fabricado na Rússia.

O ministério britânico informou que o "comunicado foi entregue no Twitter diretamente durante briefing do embaixador britânico em Moscou". Além disso, os diplomatas adicionaram que as palavras do embaixador foram interpretadas em um dos tweets de forma errada. Enquanto isso, o canal assinalou que o ministério não detalhou quando esse comunicado foi apagado do Twitter.

Curiosamente, o MRI britânico desmentiu também que o chanceler Boris Johnson teria afirmado que o agente nervoso veio "categoricamente" da Rússia, enquanto a gravação de uma entrevista com ele mostra o contrário.

​Anteriormente, na terça-feira (3), o chefe do laboratório militar Porton Down, Gary Aitkenhead, declarou que os especialistas não conseguiram identificar a fonte precisa da substância usada para envenenar o ex-agente russo, Sergei Skripal.

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Em 4 de março, Sergei Skripal, ex-oficial da inteligência militar russa que foi recrutado nos anos 90 pelo serviço secreto britânico, e sua filha Yulia foram encontrados inconscientes perto de um shopping na cidade de Salisbury com sinais de envenenamento com agente tóxico.

Londres responsabilizou Moscou por estar envolvida no ataque, alegando que a substância com a qual o Skripal foi envenenado era de fabricação russa. Baseando-se nestas acusações, o Reino Unido e 28 outros países expulsaram um total de 153 diplomatas russos.

Em 3 de abril, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que substâncias semelhantes ao agente nervoso A-234, supostamente usado no envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal, podem ser produzidas em aproximadamente 20 países.

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