Israel cancela acordo com ONU para deportar refugiados africanos um dia após aprovação

O acordo entre a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Israel foi fechado nesta segunda-feira (2) para deportar milhares de refugiados da África. Depois de algumas horas, o líder israelense afirmou ter suspendido a iniciativa.
Sputnik

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (3) que pretende cancelar o acordo com a ONU para deslocar migrantes africanos.

"Eu tinha ouvido atentamente a vários comentários sobre o acordo. Como resultado, e após eu ter novamente avaliado todas as vantagens e desvantagens, resolvi cancelar a declaração", afirmou Netanyahu em seu comunicado.

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O comunicado foi divulgado um dia após Israel e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) terem fechado o acordo sobre deportação de aproximadamente 16 mil migrantes africanos para países europeus. Além disso, as autoridades de Israel estavam prontas para legalizar a permanência de um número similar de migrantes africanos com uma distribuição uniforme em todo o país e presta-lhes ajuda com empregos.

As autoridades israelenses estimam que cerca de 27 mil pessoas da Eritreia, 2,5 mil do Sudão e 2,5 mil de outros países africanos se encontram no território de Israel no momento, uma vez que muitos deles não possuem autorização oficial para permanecer no país.

O acordo com a ONU visava substituir o projeto inicial da deportação forçada dos migrantes africanos a Ruanda que, segundo explicou Netanyahu, recusou a aceitá-los.

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